quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Crítica do filme: “O Nome da Morte”

Por Graça Paes, RJ 



Com direção de Henrique Goldman, roteiro de George Moura, produção de Roberto Berliner, Rodrigo Letier e Fernando Meirelles, trilha sonora do britânico Brian Eno, Direção de Fotografia de Azul Serra, o longa “O Nome da Morte” estreia dia 2 de agosto nos cinemas. 




O filme é livremente inspirado no livro homônimo do jornalista Klester Cavalcanti, que conta a história real de Júlio Santana, um matador de aluguel que confessou ter assassinado 492 pessoas ao longo de mais de vinte anos de pistolagem, que nasceu numa família pobre e religiosa, é carinhoso, mas que se tornou um matador profissional renomado. E, que mesmo com tantas mortes nas costas passou apenas uma única noite preso em toda sua vida. 





No longa, Júlio (Marco Pigossi) é um jovem que vive com a família no interior do Brasil. Por lealdade ao tio Cícero (André Mattos), ele mata pela primeira vez e descobre uma perturbadora vocação, que irá transformá-lo em pistoleiro. 




Assim que começa a ganhar dinheiro com seus crimes, ele conhece Maria (Fabiula Nascimento), se casa, mas esconde da amada sua verdadeira profissão. O que lhe obriga a mentir por longos anos. Por ser um homem religioso, ele convive com a culpa pela mentiras que conta para sair de casa todos os dias e ainda carrega o peso das mortes. Ele sabe que não é correto matar, mas faz por dinheiro. 




Protagonizado por Marco Pigossi, o longa reúne no elenco os atores André Mattos, Fabiula Nascimento, Matheus Nachtergaele e Martha Nowill. A estreia mundial foi em 2017 durante o Festival do Rio de 2017, e depois o filme fez parte da 41ª.  Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. E, agora chega aos cinemas de todo Brasil. 




É um longa com cenas bem dirigidas, principalmente as das mortes praticadas pelo pistoleiro. Os atores Marco Pigossi e Fabiúla Nascimento estão brilhantes. A fotografia, assinada por Azul Serra é excelente e contrapõe de forma espetacular a paisagem do Parque Nacional do Jalapão, Palmas e Tocantins, com a violência das mortes. Vale ressaltar que a maquiagem é um show a parte e torna as cenas dos homicídios bem perfeitas. E, o roteiro esmiúça detalhes bem peculiares e interessantes da vida dos pistoleiros, que aliás, no sertão e interior do país, ainda é uma prática adotada. 




É um bom filme, prende sua atenção, uma história rica em detalhes, baseada em fatos reais, e que realmente merecia ser contada na telona. A mensagem que a obra nos passa é que num país sem lei cada vida tem um preço, mas nenhuma tem valor. 




A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.  








Nenhum comentário:

Postar um comentário