segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Crítica do filme: “O Porteiro”

Por Graça Paes, RJ

O longa “O Porteiro” com direção de Paulo Fontenelle e roteiro de Renato Fagundes estreia nos cinemas dia 31 de agosto com classificação etária 14 anos.

Estrelado por Alexandre Lino, o filme é inspirado na peça teatral homônima de Paulo Fontenelle.

É uma comédia leve e reflexiva e certamente uma bela homenagem a todos os porteiros do país.

No longa, Waldisney (Alexandre Lino) trabalha como porteiro de um prédio e faz questão de manter o bom relacionamento com todos os moradores. Entre eles, a estudante de psicologia Dona Aline (Aline Campos), Amanda (Raissa Chaddad), Dona Alzira (Suely Franco), Dona Adelaide (Rosane Gofman) e o lutador José Aldo.

Como todo porteiro, ele fica sempre naquelas sinucas de bico entre o sindico e os moradores, entre atender ou não as chamadas particulares dos moradores, entre outras questões. Paralelo a tudo isso, ele trabalha num prédio em que o porteiro ocupa uma das unidades do prédio.

Condomínio, condôminos, moradores e família em 83 minutos de duração te remetem a várias situações que certamente quem mora em prédio já vivenciou ou irá vivenciar um dia.


Tecnicamente o longa é bom! Um bom roteiro, uma fotografia bem projetada, boa edição e um elenco que dá conta do recado.


No elenco, além de Alexandre Lino estão Mauricio Manfrini, Bruno Ferrari Daniela Fontan, Cacau Protássio, Heitor Martinez, Juliana Martins, Aline Campos, Raissa Chaddad, Suely Franco, Rosane Gofman, o lutador José Aldo, entre outros.


Se prepare para dar boas risadas!!!

A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.7.



 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

'Marte um' é o grande vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2023

Por Graça Paes, RJ 

O evento reuniu a nata do cinema nacional na Cidade das Artes no RJ


A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais realizou na noite de quarta-feira, dia (23/08), a 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. 

A cerimônia de premiação foi na Grande Sala da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O evento teve como mestres de cerimônia a atriz Cláudia Abreu e o ator e diretor Silvio Guindane.


O grande vencedor da noite foi o longa "Marte um", do mineiro Gabriel Martins, que conquistou oito estatuetas, incluindo a de melhor filme, direção, roteiro, ator e ator coadjuvante.

Recordista em indicações, concorrendo a 15 estatuetas, o longa “Medida provisória” deixou a cerimônia com apenas um troféu Grande Otelo, o de melhor atriz coadjuvante para Adriana Esteves.

Na entrada do evento , a chegada do ator Cauã Reymond mobilizou a imprensa e os convidados presentes. Todos queriam um momento com o interprete de Caio em ‘Terra e Paixão’, novela das 21h, da Tv Globo.

A cerimônia começou com a apresentação do pianista pernambucano Vitor Araújo, que serviu de trilha sonora para o vídeo exibido no telão em homenagem aos 125 anos do cinema brasileiro, completados em junho. Na sequência, foram realizados discursos de Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia, e Marcelo Calero, secretário municipal de Cultura do Rio.


Ao longo da cerimônia, os apresentadores do evento e alguns dos contemplados pediram "cotas de tela" e a regulação do streaming. 

A cerimônia também foi marcada por homenagens, entre elas a realizada para Amir Labaki, idealizador do festival ‘É Tudo Verdade’, de documentários, e a de Vladimir Carvalho, documentarista conhecido pelo trabalho em "O país de São Saruê" (1971) e "Conterrâneos velhos de guerra" (1992).


Outro ponto auge do evento foram as homenagens  in memoriam, ao som de "A paz" no piano, que relembrou os artistas que faleceram no último ano, como Aderbal Freire-Filho, Antônio Pedro, Aracy Balabanian, Claudia Jimenez, Doris Monteiro, Erasmo Carlos, Gal Costa, João Donato, Zé Celso, Pedro Paulo Rangel, Pelé, Rita Lee, Rolando Boldrin e, é claro, Léa Garcia. 

O evento foi encerrado com a apresentação da bateria da Portela.

 

Fotos Rogério Rezende/Divulgação

Fotos Wallace Barbosa/Zapp News


Confira a lista dos vencedores:

Melhor longa-metragem de ficção

“A viagem de Pedro”

Eduardo e Mônica”

“Marte um” (vencedor)

“Medida provisória”

“Paloma”


Melhor longa-metragem documentário

“A jangada de Welles”

“Amigo secreto”

“Clarice Lispector – A descoberta do mundo”

“Kobra auto retrato” (vencedor)

“O presidente improvável”


Melhor longa-metragem comédia (voto popular)

“Bem-vinda a Quixeramobim” (vencedor)

“Jesus Kid”

“O clube dos anjos”

“Papai é pop”

“Vale night”


Melhor longa-metragem infantil

“Alice dos Anjos”

“Alice no Mundo da Internet”

“DPA 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo”

“Pequenos Guerreiros”

“Pluft, o fantasminha” (vencedor)


Melhor longa-metragem animação

“Além da lenda – O filme”

“Meu amigãozão – O filme”

“Meu tio José”

“Tarsilinha” (vencedor)

“Tromba trem – O filme”


Melhor direção

Gabriel Martins, por “Marte um” (vencedor)

Laís Bondanzky, por “A viagem de Pedro”

Marcelo Gomes, por “Paloma”

René Sampaio, por “Eduardo e Mônica”

Rosane Svartman, por “Pluft, o Fantasminha”


Melhor primeira direção de longa-metragem

Angelo Defanti, por “O clube dos anjos”

Bruno Torres, por “A espera de Liz”

Caio Blat, por “O debate”

Carolina Markowicz, por “Carvão” (vencedora)

Lázaro Ramos, por “Medida provisória”



Melhor atriz

Alice Braga, por “Eduardo e Mônica”

Andréa Beltrão, por “Ela e eu”

Dira Paes, por “Pureza” (vencedora)

Kika Sena, por “Paloma”

Marcélia Cartaxo, por “A mãe”


Melhor ator

Alfred Enoch, por “Medida provisória”

Antônio Pitanga, por “Casa de antiguidades”

Carlos Francisco, por “Marte um” (vencedor)

Cauã Reymond, por “A viagem de Pedro”

Gabriel Leone, por “Eduardo e Mônica”


Melhor atriz coadjuvante

Adriana Esteves, por “Medida provisória” (vencedora)

Camila Márdila, por “Carvão”

Camilla Damião, por “Marte um”

Drica Moraes, por “As verdades”

Helena Ignez, por “A mãe”


Melhor ator coadjuvante

André Abujamra, por “O clube dos anjos”

Augusto Madeira, por “O clube dos anjos”

Cícero Lucas, por “Marte um” (vencedor)

Emicida, por “Medida provisória”

Flávio Bauraqui, por “Medida provisória”


Melhor direção de fotografia

Adrian Teijido, por “Medida provisória”

Felipe Reinheimer, por “Pureza”

Gustavo Hadba, por “Eduardo e Mônica”

Leonardo Feliciano, por “Marte um” (vencedor)

Pedro J. Marquez, por “A viagem de Pedro”

Pepe Mendes, por “Carvão”


Melhor roteiro original

Bruno Torres e Simone Iliescu, por “A espera de Liz”

Carolina Markowicz, por “Carvão”

Gabriel Martins, por “Marte um” (vencedor)

Laís Bodanzky, por “A viagem de Pedro”

Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, por “Paloma”


Melhor roteiro adaptado

Aly Muritiba, por “Jesus Kid”

Angelo Defanti, por “O clube dos anjos” (vencedor)

Jorge Furtado e Guel Arraes, por “O debate”

Lusa Silvestre, Lázaro Ramos, Elisio Lopes Jr. e Aldri Anunciação, por “Medida provisória”

Matheus Souza, Claudia Souto, Jessica Candal e Michele Frantz, por “Eduardo e Mônica”


Melhor direção de arte

Adrian Cooper, por “A viagem de Pedro” (vencedor)

Fernanda Carlucci, por “O clube dos anjos”

Marcos Pedroso, por “Paloma”

Rimenna Procópio, por “Marte um”

Tiago Marques, por “Eduardo & Mônica”

Tiago Marques, por “Medida provisória”


Melhor figurino

Alex Brollo, por “Medida provisória”

Gabi Campos, por “Paloma”

Marina Sandim, por “Marte um”

Marjorie Gueller, Joana Porto e Patrícia Dória, por “A viagem de Pedro” (vencedor)

Valeria Stefani, por “Eduardo e Mônica”


Melhor maquiagem

Adriano Manques, por “Medida provisória”

Amanda Mirage, por “O clube dos anjos”

Auri Mota, por “Eduardo e Mônica”

Donna Meirelles, por “Paloma”

Mari Figueiredo e Cacá Zech, por “Pluft, o fantasminha”

Tayce Vale e Blue, por “A viagem de Pedro” (vencedor)


Melhores efeitos visuais

“A viagem de Pedro”

“Marte um”

“Jesus Kid”

“A espera de Liz”

“Medida provisória”

“Pluft, o fantasminha” (vencedor)


Melhor montagem

Diana Vasconcellos, por “Medida provisória”

Eduardo Gripa, por “A viagem de Pedro”

Livia Arbex, por “O clube dos anjos”

Marcelo Moraes, por “Pureza”

Thiago Ricarte e Gabriel Martins, por “Marte um” (vencedor)


Melhor som

“Pluft, o fantasminha”

“A espera de Liz”

“Alemão 2”

“Medida provisória”

“Marte um” (vencedor)


Melhor trilha sonora

André Abujamra, por “O clube dos anjos”

Daniel Simitan, por “Marte um”

Nelson Soares e Marcos Moreira, por “Paloma”

Pedro Guedes, Fabiano Krieger e Lucas Marcier, por “Eduardo e Mônica” (vencedor)

Plínio Profeta, Rincon Sapiência e Kiko De Sousa, por “Medida provisória”


Melhor filme íbero-americano

“1976” (Chile e Argentina)

“Argentina, 1985” (Argentina) (vencedor)

“As bestas” (Espanha)

“La Jauría” (Colômbia)

“Restos do vento” (Portugal)


Melhor filme internacional

“1982” (Líbano)

“A mulher rei” (EUA)

“Avatar: O caminho da água” (EUA)

“Boa sorte, Leo Grande” (Reino Unido)

“Elvis” (EUA) (vencedor)

“Pantera Negra: Wakanda para sempre” (EUA)

“Top Gun: Maverick” (EUA)


Melhor curta-metragem animação

“A menina atrás do espelho” (vencedor)

“Em busca da terra-música prometida”

“Meu nome é Maalum”

“Nonna”

“O senhor do trem”


Melhor curta-metragem documentário

“A última praga de Mojica”

“Carta para Glauber”

“Peixes não se afogam”

“Território Pequi” (vencedor)

“Trópico de Capricórnio”


Melhor curta-metragem ficção

“Ainda restarão robôs nas ruas do interior profundo”

“Big bang” (vencedor)

“Fantasma neon”

“Infantaria”

“Sobre amizade e bicicletas”

“Último domingo”


Melhor série brasileira animação

“Cordélicos” (1ª temporada)

“O show da Luna” (7ª temporada)

“Passagens da independência” (1ª temporada)

“Vamos brincar com a Turma da Mônica” (1ª temporada) (vencedora)


Melhor série brasileira documentário

“Em casa com os Gil” (1ª temporada)

“Lei da selva – A história do jogo do bicho” (1ª temporada)

“O caso Celso Daniel” (1ª temporada)

“Pacto brutal – O assassinato de Daniela Perez” (1ª temporada) (vencedora)

“PCC – Poder secreto” (1ª temporada)


Melhor série brasileira ficção

“Bom dia, Verônica” (2ª temporada)

“Manhãs de setembro” (2ª temporada) (vencedora)

“Rota 66 – A polícia que mata” (1ª temporada)

“Sob pressão” (5ª temporada)

“Turma da Mônica – A série” (1ª temporada)


quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Crítica do filme: “Besouro Azul”

Por Graça Paes, RJ 

O longa “Besouro Azul” com direção de  Angel Manuel Soto, produção de John Rickard e Zev Foreman, trilha sonora de Bobby Krlic, Cinematografia de Pawel Pogorzelski e distribuição da  Warner Bros. Pictures estreia nesta quinta-feira, dia 17 de agosto nos cinemas. 


A nova aposta da DC leva as telonas a história do adolescente Jaime Reyes que ao se deparar com um misterioso escaravelho este se prende ao seu corpo fazendo com que ele ganhe superpoderes e uma poderosa armadura alienígena azul.

O longa, estrelado por Xolo Maridueña e Bruna Marquezine, nos conta a origem do herói Besouro Azul, um dos mais antigos dos quadrinhos. 


Na telona, Bruna Marquezine é Jenny Kord e é através dela que Xolo Maridueña, (James Reyes) encontra o artefato e a partir que a vida deles se cruzam e a história de desenrola.  

Mas, para refrescar a memória de quem conhece os quadrinhos do Besouro Azul ou para esclarecer os que não o conhecem, vamos lá: o Besouro Azul, também conhecido como Ted Kord, fez sua primeira aparição nos quadrinhos na década de 1930. Foi criado pela equipe criativa da Fox Comics, e estreou em Mystery Men Comics, em 1939, apenas um ano após a estreia do Superman. Garret era um oficial de polícia que, usando um manto azul e asas mecânicas, lutava contra a injustiça.

Em 1954, a Charlton Comics adquiriu os direitos de publicação do Besouro Azul original e reformulou o personagem, passando o manto do herói para brilhante cientista Ted Kord. Enquanto na Fox Comics Dan Garret adquiria os poderes através de uma espécie de vitamina, na reformulação os poderes vinham através de uma espécie de escaravelho azul que concedia habilidades sobre-humanas ao hospedeiro. 

Na década de 1960, a DC adquiriu os direitos do personagem Besouro Azul e manteve suas origens, misturando parte da história criada inicialmente pela Fox Comics, com o que já havia sido criado pela Charlton Comics, onde o Besouro Azul era Ted Kord, um brilhante cientista e inventor, que acabou adquirindo os poderes de herói justamente com o antigo Besouro Azul, Dan Garret, que era seu mentor. Em sua nova encarnação, Kord não possuía poderes sobre-humanos, mas confiava em suas habilidades físicas e em seu intelecto afiado.

Em 2006, a DC Comics reintroduziu o Besouro Azul de uma forma completamente nova.  E, a origem desta adaptação, a do adolescente latino-americano, que encontra um escaravelho alienígena que lhe dá a capacidade de se transformar em um herói com armadura azul e é esta a versão que está nas telonas. 

Se prepare, o longa é sim daqueles que mantém na poltrona. Tem a leveza da adolescência, humor, drama, romance e ação. 

Um fato a ser destacado é que a química entre Xolo Maridueña e Bruna Marquezine em cena é muito boa, e que nossa menina tupiniquim promete acontecer em Hollywood. 

É um bom filme. Destaco a fotografia vibrante, os personagens caricatos, os diálogos bem apropriados e a trilha sonora que nos leva a viajar no tempo. 

Exaltar a cultura latina é um grande diferencial. Além do diretor porto-riquenho, Angel Manuel Soto, e do elenco majoritário ser de origem latina, o filme, de fato, busca retratar essa essência que preza e cultua os laços familiares e o amor ao próximo. 

No elenco, além de Xolo Maridueña e Bruna Marquezine estão Susan Sarandon, Belissa Escobedo, Damián Alcázar, Oshún Ramirez, Jorge A. Jimenez, Marcus H. Nelson, entre outros.

É o tipo de longa que requer salas de cinema com excelentes qualidades técnicas de som e de imagem, e um bom combo de pipoca para acompanhar.

Ah! Não saia correndo do cinema quando terminar, pois duas cenas pós créditos te esperam. 


Trailer:

A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.