quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Crítica do filme: “Ferrugem”

Por Graça Paes, RJ

Você sabia que o celular pode virar uma arma?




Com direção de Aly Muritiba, o filme que venceu o 46º. Festival de Cinema de Gramado, FERRUGEM, chega aos cinemas dia 30 de agosto. O longa fala sobre bullyng na adolescência e o uso de celulares.





Na trama, a adolescente Tati adora compartilhar sua vida nas redes sociais. Tira muitas selfies e curte fazer vídeos com o celular. Só que como toda ação tem sempre uma reação, essa prática, a de usar o celular para tudo, pode se transformar numa grande armadilha. E ao cair numa armadilha cibernética, o problema maior é ter que conviver com as consequências. Ter que conviver com o vazamento de informações que não se quer que se tornem públicas e que sejam divulgadas. O filme de uma maneira peculiar aborda o tema e mostra que o pesadelo de Tati começa quando ela supostamente perde seu telefone celular. 




O longa aborda temas fortes e interessantes como o bullyng na adolescência, pais que acobertam erros dos filhos, falta de diálogo entre pais e filhos, cumplicidade entre amigos, amor, inconsequência, dor, culpa, como o celular pode virar uma arma, entre outros. 




Tem um bom roteiro, uma boa fotografia e um bom elenco. É mais um filme brasileiro que merece toda a nossa atenção. 




Se prepare para refletir bastante sobre como você utiliza o celular, sobre o seu envolvimento com a sua família e sobre seus hábitos.  



A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9. 






Crítica da animação: “Jovens Titãs em Ação!”

Por Graça Paes, RJ 


Da telinha para a telona levando alegria a criançada 




Dia 30 de agosto chega aos cinemas, Jovens Titãs em Ação! Com Robin, Ciborgue, Estelar, Ravena e Mutano. Essa galerinha, enfim, agora, tem seu próprio longa. 




Brincando com a indústria cinematográfica e com a popularidade e fama dos super-heróis, a animação, de forma bem engraçada, aborda o fato deles terem seu próprio filme, e para tal, assim como os grandes super-heróis eles criam também um arqui inimigo, e entra em ação, o Slade. 




Os personagens tem uma pegada bem infantil. Então, vá preparado. É uma animação pensada para os pequenos com roteiro de Aaron Horvath e Michael Jelenic, com mensagens bem interessantes e necessárias na atualidade, entre elas, amizade, poder, auto-estima, hora de reconhecer erros, dar a volta por cima e sobre lealdade.  




Tudo é muito colorido e engraçado. Com certeza irá prender a criançada no cinema, mas os pais que se preparem, pois após a sessão terão muitos comentários e pontuações da imaginação e criatividade dos pequenos. 



A trilha sonora é envolvente e divertida. Sem falar que tem até Take on Me do banda A-ha, em referência ao clipe dos noruegueses e ao filme De Volta Para o Futuro. Entre outras referências e brincadeiras com o real, o “quase real” e a ficção. 



Jovens Titãs em Ação! É uma boa pedida para levar a criançada ao cinema. Os adultos podem até achar um tanto quanto infantil, mas certamente os pequenos irão sair da sala de cinema bem felizes, mas cheios de perguntas para fazer. Se preparem, papais, mamães, vovós, tios, tias, padrinhos, madrinhas, e etc. 




A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.7.





Crítica do filme: “O Candidato Honesto 2“

Por Graça Paes, RJ 

O cenário político retratado com muito bom humor na ficção




Com direção de Roberto Santucci, em o “O Candidato Honesto 2 “, João Ernesto,  depois de ter confessado seus crimes, é condenado a 400 anos de prisão, mas ele cumpre apenas quatro. Sai da cadeia, mas volta para casa com uma tornozeleira eletrônica. Após alguns meses, ele é motivado a se candidatar, novamente, à presidência, e vence, mas o partido escolhe o seu vice. Um ano depois, o Brasil entra em uma grande crise. E influenciado por seu vice, que é comparado a um vampiro, ele começa a se meter em várias confusões que poderão levá-lo ao impeachment.





A comédia alfineta, e muito, o atual cenário político brasileiro. Você irá comparar personagens fictícios com personagens da vida real o tempo todo, assim como alguns acontecimentos, como candidaturas, dia-a-dia de campanha e partidos, corrupção, impeachment, e muito mais.  




O filme tem um bom roteiro e piadas interessantes. Tem uma boa fotografia e uma trilha sonora compatível. O elenco também é bom, e Hassun continua muito engraçado. 




Temas como vertentes da política, lealdade, amizade, família, auto-estima, são abordados de forma bem inteligente. 




É um comédia leve, atualíssima e necessária, já que este ano temos eleições. 




Vale a pena assistir, levar a família e os amigos. Certamente, o longa, te fará refletir e muito, principalmente, sobre em que candidatos votar nas eleições. 




A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.7. 






Crítica do filme: “DEUS NÃO ESTÁ MORTO: UMA LUZ NA ESCURIDÃO”


Por Graça Paes, RJ 


Sua fé é inabalável? 







Com direção de Michael Mason, “DEUS NÃO ESTÁ MORTO: UMA LUZ NA ESCURIDÃO”, tem como protagonista o ator David A.R. White e mais John Corbett, Shane Harper, Ted McGinley, Tatum O’Neal, no no elenco. O filme estreia dia 30 de agosto e o lançamento do longa contou com a presença do ator David A.R. White no país.





É o terceiro longa com o tema “DEUS NÃO ESTÁ MORTO”. Nesta sequência o cenário central é o incêndio da Igreja de Saint James, que devasta a congregação do pastor Dave (David A. R. White). Diante disso, a universidade vizinha Hadleigh University usa a tragédia para tentar retirar a igreja do campus. A batalha logo se levanta entre a igreja e a comunidade, o reverendo Dave fica contra seu amigo de longa data Thomas Ellsworth (Ted McGinley), que é o presidente da universidade. O drama também envolve a estudante Keaton (Samantha Boscarino), membro do ministério da igreja, questionando sua fé cristã, e o namorado da jovem, um jovem inconsequente.





A trama aborda temas como a fé, a existência de Deus, o uso de poder, perseguição religiosa, família, amigos, amor e união. Certamente, você sairá da sessão de cinema com muitas reflexões e mais motivado. 




O filme é bem dirigido. Tem um bom roteiro, uma excelente fotografia e uma trilha sonora compatível. É o tipo de filme para ser assistido em família ou com os amigos.



A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.  







sábado, 25 de agosto de 2018

Confira a lista dos vencedores do Festival de Cinema de Gramado 2018


(Foto de Edison Vara/PressPhoto)



“Ferrugem”, de Aly Muritiba, foi eleito pelos jurados do 46º Festival de Cinema de Gramado o Melhor Filme de longa-metragem brasileiro dessa edição. A produção paranaense levou ainda os Kikitos de Melhor Roteiro (Jessica Candal e Aly Muritiba) e Melhor Desenho de Som (Alexandre Rogoski, por Ferrugem).

“A Cidade Dos Piratas”, de Otto Guerra, recebeu menção honrosa “por colocar questões atuais no formato de humor não domesticado”.

Entre os longas estrangeiros, o filme paraguaio “Las Herederas” saiu consagrado, com quatro dos seis Kikitos em disputa: além de Melhor Filme, Marcelo Martinessi foi eleito o Melhor Diretor e ganhou também o prêmio de Melhor Roteiro. O Kikito de Melhor Atriz ficou com o trio de protagonistas da película, que aborda o amor entre mulheres na terceira idade: Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova. “Las Herederas” também foi o favorito do público do 46º Festival de Cinema de Gramado.

Já o prêmio Especial do Júri foi para “Averno”, de Marcos Loayza, “pela sua ousadia em contar uma história que se inspira na mitologia própria da Bolívia, mas distanciada dos modelos cinematográficos tradicionais”.

Entre os filmes de curta-metragem brasileiros, vitória da animação “Guaxuma”, de Nara Normande. O júri ainda concedeu um prêmio especial para “Estamos todos aqui”, “pela coragem e pertinência de retratar cinematograficamente temas de grande relevância social, num ato criativo de imersão e de digna resistência”.
Nessa competição, os jurados também justificaram a escolha de Maria Tugira Cardoso como a melhor atriz. Ela, na verdade, é a personagem do documentário “Catadora de gente”, mas os avaliadores de Gramado entenderam que “pela força de seu carisma singular, história de vida e por entender que o protagonismo no documentário está como para a atuação na ficção”, a recicladora merecia o Kikito.

Ainda entre os curtas, o Prêmio Canal Brasil ficou com “Nova Iorque”, de Leo Tabosa.

O júri da crítica presente no 46º Festival de Cinema de Gramado também elegeu os três melhores filmes na opinião de seus integrantes. Entre os longas, “Benzinho”, de Gustavo Pizzi se destacou em razão do “domínio do ritmo, dos pequenos detalhes do cotidiano e do retrato terno dos laços familiares aliados à simplicidade de sua narrativa e à força do elenco”.

Também recaiu sobre “Las Herederas”, de Marcelo Martinessi, a escolha da crítica: “pela delicadeza ao destacar personagens de uma faixa de idade pouco retratada através da sexualidade, assim como seus espaços em nossa sociedade como também seu impressionante conjunto de atuações”.

Por fim, o melhor filme em curta-metragem brasileiro na opinião da crítica foi “Torre”, de Nádia Mangolini. A justificativa foi o “uso inventivo da técnica animação” e também “pelo respeito aos personagens e suas memórias, e pela reflexão de um período traumático da nossa história”. A produção levou também o troféu do Júri Popular.


Vencedores do 46º Festival de Cinema de Gramado

Longas brasileiros
Melhor Desenho de Som: Alexandre Rogoski, por Ferrugem
Melhor Trilha Musical: Max De Castro e Wilson Simoninha, Por Simonal
Melhor Direção de Arte: Yurika Yamazaki, por Simonal
Melhor Montagem: Gustavo Giani, por A Voz Do Silêncio
Melhor Ator Coadjuvante: Ricardo Gelli, por 10 Segundos Para Vencer
Melhor Atriz Coadjuvante: Adriana Esteves, por Benzinho
Melhor Fotografia: Pablo Baião, por Simonal
Melhor Roteiro: Jessica Candal e Aly Muritiba, Por Ferrugem
Melhor Ator: Osmar Prado, por 10 Segundos Para Vencer
Melhor Atriz: Karine Telles, por  Benzinho
Menção Honrosa: A Cidade Dos Piratas, de Otto Guerra
Melhor filme do Júri Popular: Benzinho, de Gustavo Pizzi
Melhor filme do Júri da Crítica: Benzinho, de Gustavo Pizzi
Melhor Direção: André Ristum, por A Voz Do Silêncio
Melhor Filme: Ferrugem, de Aly Muritiba


Curta-metragem brasileiro
Melhor Desenho de Som: Fábio Carneiro Leão, por Aquarela
Melhor Trilha Musical: Manoel do Norte, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Direção de Arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho, por Torre
Melhor Montagem: Thiago Kistenmacker, por Aquarela
Melhor Fotografia: Beto Martins, por Nova Iorque
Melhor Roteiro: Marco Antônio Pereira, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Ator: Manoel do Norte, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Atriz: Maria Tugira Cardoso, por Catadora de Gente
Prêmio Especial do Júri: Estamos todos aqui, de Chico Santos e Rafael Mellim
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Nova Iorque, de Leo Tabosa
Melhor Filme do Júri Popular: Torre, de Nádia Mangolini
Melhor Filme do Júri da Crítica: Torre, de Nádia Mangolini
Melhor Direção: Fábio Rodrigo, por Kairo
Melhor Filme: Guaxuma, de Nara Normande

Longas estrangeiros
Melhor Fotografia: Nelson Waisntein, por Averno
Melhor Roteiro: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Ator: Nestor Guzzini, por Mi Mundial
Melhor Atriz: Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova, por Las Herederas
Prêmio Especial do Júri: Averno, de Marcos Loayza
Melhor Filme do Júri Popular: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Melhor Filme do Júri da Crítica: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Melhor Direção: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Filme: Las Herederas, de Marcelo Martinessi



quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Crítica do filme: "Benzinho"

Por Graça Paes, RJ


Um retrato objetivo e cativante do Brasil



O longa "Benzinho" é dirigido por Gustavo Pizzi que também assina o roteiro com a atriz, protagonista e esposa, Karine Teles. Emocionante é um termo que define bem este filme que chega aos cinemas dia 23 de agosto, após passagens em festivais pelo mundo, e recentemente exibido na 46º Mostra Competitiva do Festival de Cinema de Gramado.



O filme aborda um tema que muito mexe com o ser humano, família. No longa, a atriz Karine Telles interpreta Irene, mãe de quatro filhos que é pega de surpresa quando o primogênito Fernando (Konstantinos Sarris) é convidado e aceita o convite para jogar handeboll na Alemanha. Ao contrário do marido Klaus (Otávio Müller), que se empolga com a novidade, ela sofre com o fato. Mas, a história não para por aí, em meio a essa confusão de sentimentos com a mudança do filho para outro país, o longa aborda violência doméstica, amor entre irmãos, a luta pela sobrevivência e muito mais.



Todo mundo irá se identificar com algum fato que cerca a família de Irene e Klaus. Gustavo Pizzi e Karine Teles detalham claramente o dia-a-dia, na ficção, mas que é o retrato do que ocorre em milhares de lares pelo Brasil afora. 



O filme é bem dirigido, bem roteirizado e tem uma fotografia e um trilha sonora maravilhosa. Sem falar no elenco, que é um sucesso a parte. Karine Teles prende nossa atenção mais uma vez com sua brilhante atuação e protagonizando este longa, mas cada ator deste elenco faz realmente a sua parte para o longa ser um dos melhores nacionais de 2018, que aliás tem sido um ano com muitos filmes brilhantes e de excelentes trabalhos no cinema nacional. 



Tudo é retratado de forma muito singela, mas que toca nosso coração. Mesmo lidando com temas como a violência doméstica sofrida pela irmã da protagonista, Sônia, a personagem de Adriana Estevez que é acolhida pela família, após agressões do marido (César Troncoso) e as diversas discussões nada é apelativo, podemos dizer que é até didático e motivador, pois ela tem o apoio da família para enfrentar esta situação. 



Karine Telles, realmente dá vida e voz, a milhares de mães pelo Brasil. Aquela que desenvolve diversas funções dentro de casa, é mãe, mulher, amiga e ainda se preocupa com a felicidade da irmã e do sobrinho. Apesar de neste longa ser coadjuvante, Adriana Estevez, brilha e mostra todo seu talento neste personagem que dá a volta por cima.



Um filme que toda família deve assistir junta. A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.5. 


Crítica do filme: Te Peguei!


Por Graça Paes, RJ

O longa estreia dia 23 de agosto nos cinemas




Com direção de Jeff Tomsic, o longa Te Peguei! é baseado em um artigo publicado em 2013 no Wall Street Journal e que foi livremente adaptado para a telona. O elenco conta com os talentos de Ed Helms (Se Beber, Não Case), John Hamm (Mad Men), Jeremy Renner (Guerra ao Terror), Hannibal Buress (Homem-Aranha: De Volta Ao Lar), Jake Johnson (New Girl), Isla Fisher (Truque de Mestre), Rashida Jones (Parks and Recreation) e Leslie Bib(Homem de Ferro 2).



A fotografia é muito boa, a trilha sonora é compatível, o roteiro e o tempo da comedia são bons, mas a montagem do primeiro ato é bem lenta. Depois, o longa pega ritmo e segue bem entre cenas de comédia, ação e um leve drama.



O filme retrata uma brincadeira de criança, o pega-pega, uma das brincadeiras mais antigas que existe. E, baseado numa história real, mas com livre adaptação e retrata o complexo e competitivo passatempo de um grupo de amigos ao longo dos anos, até chegarem a fase madura. Na vida real,  o grupo é bem maior do que o retratado pelo filme e se intitula "os irmãos pega-pega".



O longa é bom e nos deixa algumas reflexões, entre elas, amizade, companheiro, amor ao próximo, competição e o fato de alimentar a criança em um corpo de adulto. Isso é bom ou não?



O filme nos mostra um grupo de cinco amigos na primeira série escolar. Eles têm um hábito curioso que realizam pelo menos uma vez ao ano, precisamente no mês de maio, o de brincar de pega-pega. O tempo passa, eles crescem, e continuam a brincar enlouquecidamente. Mesmo adultos, eles encaram a brincadeira como uma competição alucinante. E, que em algumas fases são capazes até de arriscarem seus empregos e relacionamentos. Após trinta anos, mas inspirados pelo lema “nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar”, os amigos ainda se encontram para manter a tradição. Até que um belo dia, um dos componentes do grupo, irá se casar, Jerry, o único da trupe que nunca foi pego. Então, Hoagie decide que essa é a hora para pegá-lo e comunica aos demais que Jerry planeja parar de brincar, após o casório. Eis, que chega o grande dia, e aí, o que irá acontecer, bom, você terá que ir ao cinema para assistir.



A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.




Crítica do filme: “Slender Man: Pesadelo Sem Rosto”


Por Graça Paes, RJ

Com direção de Sylvain White, o longa estreia dia 23 de agosto


Slender Man, o homem sem rosto ou homem magro, é uma lenda urbana que se popularizou pela internet.  O tema já foi abordado em um documentário da HBO “Cuidado com Slender Man” e é cercado de histórias mirabolantes.



Na telona, Slender Man: Pesadelo Sem Rosto, tem roteiro escrito por David Birke e teria a proposta de ser um longa de terror, mas na verdade é um filme de suspense leve sem nada demais. 



O roteiro deixa umas brechas,  ele não explica a lenda, nem surgimento e já que retrata um grupo de adolescentes e o sumiço de alguns, estranho, ele não não se preocupar em mostrar suas famílias e o impacto destas perdas. Deixa muitos pontos soltos.  



A fotografia e a trilha sonora são boas, as cenas, em si, são bem dirigidas, mas num roteiro que peca do início ao fim. 



O longa retrata um grupo de quatro amigas, Wren, Hallie, Chloe e Katie que levam uma vida entediante no colégio. Um belo dia, elas ouvem falar em um monstro chamado Slender Man que seria invocado por um grupo de meninos da escola. Elas então decidem invocá-lo também e fazem isso por meio de um vídeo na Internet. Num primeiro momento tudo parece uma grande brincadeira até que a diversão se transforma em um pesadelo. Todas elas começam a ter sonhos, visões , alucinações, com o homem sem rosto. E, descobrem que os meninos, num primeiro momento, não tiveram coragem de invocar o Slender Man. 




Após, uns dias, uma das meninas, Katie, desaparece sem deixar pistas. E, cabe então as três amigas fazerem a sua própria busca, enfrentando a criatura. Mas, o que acontece com as outras meninas? Será que os meninos terão coragem de também invocar o mal? Bom, para obter estas respostas você terá que assistir o filme que entra em cartaz na quinta-feira, dia 23 de agosto nos cinemas. 



A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 7.5.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Crítica do filme: Medo Viral

Por Graça Paes, RJ


O longa de terror com direção de Abel Vang e Burlee Vang já está nos cinemas





O filme tem como núcleo um grupo de amigos. Um belo dia todos recebem convites e baixam um aplicativo. Num primeiro momento, o app parece ser inofensivo e engraçado, ele fornece algumas direções, informações e até brinca e interage com os usuários. No entanto, após um tempo, o aplicativo começa a ter algo de estranho e sobrenatural. Ele passa a desafiar os usuários. Ele se torna presente e interagindo com o real. E, os jovens que o possuem o app em seus celulares passam a serem aterrorizados por algum tipo de entidade que se manifesta através dos aparelhos celulares e que age conforme o medo oculto de cada um.




No elenco estão os atores Saxon Sharbino (Poltergeist: O Fenômeno), Brandon Soo Hoo (Um Drink no Inferno), Alexis G. Zall (Ouija: Origem do Mal), Bonnie Morgan (O Chamado 3) e Victory Van Tuyl (Zumbilândia). 




O filme aposta na atual obsessão por tecnologia e o vício que, principalmente, os jovens tem por celulares. E, a partir daí, usando diversos elementos, entre eles um palhaço e os próprios medos de cada jovem, o aplicativo começa a perseguir cada um no mundo real. Explorando ao extremo os seus medos mais sombrios e obscuros. Se prepare para levar alguns sustos. 




Tecnicamente, o filme tem uma boa fotografia e uma trilha sonora compatível, mas sem nada de especial. Tem um bom argumento, boa montagem e um roteiro linear.  O suspense funciona bem, mas nada de muito aterrorizante é utilizado.




Vale ressaltar que temas como o cuidado com o conteúdo de vídeos e fotos armazenados em celulares, amizade, amor, companheirismo e tecnologia são abordados amplamente e nos levam a muitas reflexões sobre o uso e compartilhamento de dados. 




Medo Viral é um filme de terror, com boas cenas de suspense e um leve toque de comédia. 

O longa é bom. Vale a pena assistir, mas você terá que ficar bem ligado para não dispensar e perder os detalhes. 


A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.7. 


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Crítica do filme: "Mentes sombrias"

Por Graça Paes, RJ

Com direção de Jennifer Yuh Nelson, o longa estreia dia 16 de agosto nos cinemas






A trama nos mostra um mundo apocalíptico, onde uma pandemia mata a maioria das crianças e adolescentes da América. Porém, alguns sobrevivem, e estes sobreviventes desenvolvem poderes sobrenaturais. Eles então são retirados de suas casas, de suas famílias, pelo governo, e são enviados para um campo de custódia, onde serão separados por cores conforme suas habilidades. 




Ruby, uma das meninas sobreviventes, é retirada de casa quando completa 19 anos, cresce, e um dia, aos 16 anos, ela consegue escapar, assim como outras crianças, e a partir daí vários elementos se agregam a esta história. 




É um filme de ficção científica que te fará lembrar de 'X-Men' e 'Jogos Vorazes'. O roteiro é adaptado da trilogia da escritora Alexandra Bracken. Temos uma protagonista adolescente, negra, forte e destemida, que defende bem o empoderamento feminino. 




Se teremos a trilogia nas telonas, bom, somente o tempo dirá, e creio que este foi um dos erros deste filme. Como “Mentes sombrias” tem um roteiro adaptado de uma trilogia literária, neste longa, o final não fica claro. Alguns pontos importantes da trama não são explicados. A história fica no ar. E, nem sabemos se os outros livros também irão para a telona. O que deixa e muito a desejar. 



A fotografia é boa, a trilha sonora não é tão relevante e os atores cumprem seus papéis, mas sem grandes atuações. É um filme mediano. Nada de novo, nada demais.


Vale ressaltar que o filme aborda temas relevantes e bem atuais. Como empoderamento feminino, empoderamento governamental, amizade, amor, companheirismo, adolencência, traição e lealdade. 


Se a aposta na jovem negra como protagonista, a atriz Amandla Stenberg, que ficou conhecida por sua interpretação de Rue em Jogos Vorazes, irá lotar as salas de cinema, bom, só a estreia nos mostrará.  A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.




Crítica do filme: ‘Unicórnio’

Por Graça Paes, RJ 


Com direção e roteiro de Eduardo Nunes, o longa estreia dia 16 de agosto nos cinemas





O filme é uma adaptação de dois contos de Hilda Hilst, "O Unicórnio" e "Matamoros". Foi exibido na Premiere Brasil no Festival do Rio em 2017 e teve sua estreia internacional no Festival de Berlim em fevereiro de 2018 na Mostra Generation, que é dedicada a títulos com temas ligados aos jovens.  

 


Na história, Maria, vivida por Barbara Luz, aguarda com a mãe, personagem de Patrícia Pillar, a volta de seu pai. Zécarlos Machado. A relação de mãe e filha muda com a chegada de um homem, um criador de cabras (Lee Taylor) à rústica casa de campo em que moram.

 


O filme é narrado por Maria. A história começa com ela sentada num banco ao lado de seu pai Zécarlos Machado. Este bate-papo conduz a narrativa. E, a partir daí começamos a acompanhar a história da família de Maria na rústica casa de campo, onde ela mora com a mãe (Patrícia Pillar), e aguarda a volta do pai. 


 

O filme tem uma bela fotografia, uma excelente trilha sonora e atuações brilhantes. O elenco conta com Patrícia Pillar, Barbara Luz, Zécarlos Machado e Lee Taylor. Mas, o roteiro é cercado   subjetividade, metáforas, referências e arte. É um filme artístico e poético. O que dificulta o seu entendimento num primeiro momento. É do tipo de filme que te levará a analisar os detalhes na telona durante e depois da exibição. 




Vale ressaltar que além de arte, poesia, subjetividade e metáforas, o longa também aborda temas importantes, entre eles, família, descobertas e amadurecimento.  

 

Unicórnio é um bom filme, mas boa parte da narrativa é lenta, o que não compromete o trabalho brilhante do diretor. É cinema/arte.   

A Agência Zapp News já assistiu nossa nota é 8.7.