quinta-feira, 5 de abril de 2018

Crítica do filme: ‘Um Lugar Silencioso’

  Por Graça Paes, RJ (Agência Zapp News)

  

Um Lugar Silencioso foi classificado como um “thriller de horror moderno”, mas na verdade, na minha humilde opinião, é um filme de suspense que te prende a cadeira. O longa tem uma trilha sonora de impacto e muitas cenas que te dão bons sustos, prepare-se. 

     

É um bom filme. O fato dos atores atuarem, quase todo o tempo, em silêncio e os sustos que tomamos ao pequeno rumor de barulho são sensacionais, porém, falta algo para concretizar esta história. Até mesmo o desfecho final deixa a desejar. A Agência Zapp News deu nota 8,7. Mas, te garante que vale a pena assistir. E, de preferência em salas como Imax, Xplus ou 4DX com melhor qualidade de som e imagem.

     

Os atores, Krasinski, Emily Blunt, Millicent Simmonds, Noah Jupe e Cade Woodward estão espetaculares em cena. Krasinski demonstra habilidade em atuar e dirigir ao mesmo tempo. E, vale ressaltar que Millicent Simmonds está brilhante no papel de uma adolescente surda, num longa onde não se pode fazer barulho e sua personagem não pode ouvir os próprios sons emitidos.  

    

Um Lugar Silencioso mostra na telona o dia-a-dia de uma família, composta por pai, mãe e três filhos. Onde o pai é interpretado pelo ator e também diretor do longa Krasinski, a mãe, pela atriz Emily Blunt e os três filhos, pelos atores Millicent Simmonds, Noah Jupe e Cade Woodward. Esta família precisa viver em silêncio, pois criaturas misteriosas, que se guiam pelo som, ao escutarem barulhos saem a caça e atacam.  “Se eles te ouvirem, eles vão te caçar”, é o lema.  

    

Um dos principais desafios deste longa e que também é um mérito do diretor/ator, Krasinski, é passar boa parte da história em silêncio, já que para dar ênfase ao enredo vivenciado pelos personagens, os atores em cena não podem fazer barulhos, então eles se comunicam por sinais e andam na ponta dos pés ou por caminhos de areia. Detalhes que foram bem dirigidos e bem encenado e que passam veracidade ao espectador.

     

É um filme que te coloca pra pensar, imaginar, criar, já que não é dito como as tais criaturas apareceram, de onde surgem, e nem como elas invadiram as cidades.  

    

Tecnicamente analisando, a fotografia é excelente. Assim como a direção de arte, efeitos especiais e maquiagem. A trilha sonora de Marco Beltrami é impactante, conduz bem as cenas, mas a obra peca em continuidade ou deixou brechas na montagem, já que algumas cenas ficam meio soltas e alguns objetos de cena sem sentido.  

     

O que te prende a cadeira é o perigo constante que a família enfrenta e que é intensificado a cada pequena ameaça de barulho. O fato deles estarem sendo o tempo todo vigiados por criaturas sobre as quais eles nada sabem, e que parecem estar em todos os lugares ao mesmo tempo, cria no espectador uma ansiedade que segue por quase toda a duração do longa. Até porque você fica curioso para saber como são as tais criaturas, já que leva um tempo para o diretor desvendar a aparência dela para o espectador.      

   

Ficou curioso, curiosa? O filme estreia na quinta-feira, dia 5 de abril, nos principais cinemas. Vá preparado para os sustos e lembre-se, não faça barulho.  


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