quinta-feira, 12 de abril de 2018

Crítica do filme: Baseado em fatos reais

Por Graça Paes, RJ (Agência Zapp News)

    

O filme Baseado em Fatos Reais estreia dia 12 de abril nos cinemas. O longa é adaptado do livro homônimo de Delphine De Vigan e tem o roteiro assinado por Polanski e Olivier Assayas (Acima das Nuvens). É um suspense que leva o espectador a caminhar por uma linha tênue entre a loucura e a sanidade. É um longa tecnicamente perfeito. Direção, fotografia, roteiro, elenco, arte, tudo brilhantemente impecável.

     

Baseado em fatos reais conta a história da renomada escritora Delphine (Emmanuelle Seigner), que tem diversos best-sellers. Porém, o seu último livro, que revela as memórias de sua mãe, seu mais recente sucesso, causa a autora um conflito pessoal. Ela passa a ser ameaçada por cartas anônimas e acusada de enriquecer, por revelar segredos de sua mãe e de sua família. E, isso passa a atormentá-la.      

No meio desse caos pessoal, ela conhece numa sessão de autógrafos, uma de suas admiradoras, a encantadora e sedutora Elle (Eva Green). Como um anjo da guarda, Elle se aproxima dela, e conquista sua amizade, no momento exato em que a escritora precisa de acolhimento.  Delphine, além de vencer o conflito pessoa, precisa buscar inspiração para escrever um novo romance. Mas, a aparente amizade despretensiosa, aos poucos, começa a dar lugar a uma relação abusiva e obsessiva. Elle, que é ghost writer, e que no início é o suporte de  Delphine. Mas, até onde ela irá depois de se mudar para o apartamento da escritora? Ela veio preencher um vazio ou criar um novo? Dar um novo impulso ou roubar sua vida? Já que Elle passa a se apropriar da vida e da intimidade da autora, até mesmo das questões profissionais. A partir daí o filme aborda conflitos entre amigos, retrata a obsessão que um fã pode vir a ter por seu ídolo, a ponto de querer assumir a vida dele, entre outros fatores. Fatores, aliás,  que para quem escreve podem ser uma excelente fonte de inspiração. Mas, um filme de Polanski não para por aí, e nesta fase da história, o longa passa a caminhar por uma linha tênue entre a loucura e a sanidade que você precisará decifrar.  

    

O que podemos esperar de uma relação abusiva entre a escritora Delphine (Emmanuelle Seigner) e a sedutora Elle (Eva Green), você só vai saber indo ao cinema. Mas, a Agência Zapp News que já conferiu e deu nota 10, te alerta, a história é subjetiva, então se prepare para unir as peças e montar o quebra-cabeças.  

 

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