4° filme da sequência traz de volta a bela Kate Beckinsale, porém só beleza não basta
Por Jorge Nunes Chagas
Ao assistir este longa-metragem, além de ter feito uma rápida pesquisa, me deparei com inúmeras lembranças, tanto que o filme em si parecia, a meu ver, não ter identidade. Serei mais claro nas próximas linhas.
No primeiro filme da série “Anjos da Noite” (“Underworld”), a batalha milenar entre vampiros e lobisomens se sucedia à espreita dos humanos. O doutor Michael Corvin (Scott Speedman), um humano até ai, teve um romance com a vampira Selene (Kate Beckinsale), que decide então protegê-lo. No entanto, Michael foi mordido pelo líder dos Lycans (denominação para o clã dos lobisomens) e se tornou “híbrido”. Desde então virou a caça deles (dos lobisomens) para um experimento ambicioso, com a finalidade de criar uma nova espécie, uma raça combinando os poderes dos sanguessugas e dos lobisomens*.
Em “Anjos da Noite 4 – O Despertar” (“Underworld Awakening”), que não tem muito a ver com seu terceiro filme, entendo se tratar de uma continuação direta do 1° da saga. Na recém quadrilogia, a figura da vampira Selene volta a ser interpretada pela atriz Kate Beckinsale, que não havia participado do 3° filme. Acordada de um coma profundo depois de 12 anos, Selene descobre ter uma filha, a híbrida Eve, interpretada pela jovem atriz India Eisley, de apenas 18 anos. Eve é uma cobaia de um experimento secreto dos laboratórios Antigen, o que citei no parágrafo anterior*, que combina as duas raças, além de ser filha do médico Michael Corvin.
Selene junta forças com David (Theo James), do clã dos vampiros, e com o dedicado detetive Sebastian (Michael Ealy), em busca de Eve para resgatá-la, não só para impedir os tais experimentos, mas também para protegê-la dos perigosos lycans, que desta vez parecem estar em maior número.
Pois bem, foi inevitável a lembrança da atriz Milla Jovovich com seu Resident Evil (2002), que foi lançado um ano antes do primeiro Anjos da Noite (“Underworld” - 2003). A fórmula é a mesma, porém a diferença, portanto, é que a personagem de Resident Evil combate zumbis, enquanto a vampira em questão combate lobisomens, desta vez, geneticamente alterados.
Um concorrente de Blade (1998)? Talvez, mas a vantagem está na beleza de Beckinsale, uma mistura de Mulher-gato com Buffy às avessas e Neo, personagem principal do clássico Matrix (1999). Pra ser sincero, foi como se assistisse a um Matrix clonado. Digo isso por sua vestimenta ser similar a de Neo, até no sobretudo. Chega a ser irônico o fato de Beckinsale ter trabalhado em “Van Helsing – O caçador de Monstros” (2004), outro filme de gênero similar feito um ano depois numa demonstração por sua aspiração ao tema.
Minha argumentação inicial sobre a falta de identidade vem dai, mesmo que “Anjos da Noite” se trate de uma série, um game. O visual é gótico, com armazéns abandonados, vidros se estilhaçando à vontade e muito sangue. A fotografia e o figurino são interessantes, mas é pouco. O roteiro de John Hlavin é tão simples que os diretores Jörn Stein e Måns Mårlind são obrigados a investir pesado na ação e nos recursos 3D da batalha entre vampiros e lobisomens.
Conclusão: Como a tecnologia 3D nessa película deixou a desejar, para quem tiver interesse de assistir um filme com muita ação e pouco raciocínio, a fórmula de Anjos da Noite 4 deve agradar, sendo válida para diversão adulta por mesclar ação com terror, entretanto, para quem gosta de uma trama e ação mais elaborada, ouso em dizer que podem se decepcionar. O filme estreará dia 02 de março de 2012.
Publicação Agência Zapp News
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