quinta-feira, 25 de abril de 2024

Crítica do filme: “Aumenta que é Rock’n Roll”

Por Graça Paes, RJ

O longa metragem “Aumenta que é Rock’n Roll” com direção de Tomás Portella, roteiro de L.G.Bayão e produção de Renata Almeida Magalhães, estreia nos cinemas dia 25 de abril, com 112 minutos de duração.

O filme retrata o nascimento de um dos veículos de comunicação mais influentes da década de 1980 no Brasil: A Rádio Maldita, ‘Rádio Fluminense FM’, criada pelos jornalistas Luiz Antonio Mello e Samuel Wainer Filho, o Samuca, em 1982, em Niterói, RJ. 

No longa, Luiz Antônio é um atrapalhado jornalista que se torna radialista quase que inesperadamente. E de uma hora para outra ele se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços. Disposto a encarar o desafio e com a ajuda do amigo Samuca, ele que não estava mais feliz na redação do jornal em que trabalhava, inicia uma nova jornada com o apoio de uma galera que acreditou em seu sonho. Juntos, eles transformaram o nada em tudo e foram responsáveis por parte da história das bandas nacionais dos anos 1980 no Brasil, como Blitz, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, entre outras, que foram lançadas por eles. A rádio tinha tanta força no cenário musical que até ajudou na escolha das atrações do primeiro Rock in Rio e bombou nos bastidores do evento.

Luiz Antônio e Samuca apostaram na ideia de dedicar toda programação da emissora radiofônica ao rock, esse foi o diferencial e o sucesso. Para tal criaram várias estratégias inovadoras, entre elas, ter locução exclusivamente feminina, promover festas, eventos, campanhas e ter uma programação autêntica e democrática. 

O roteiro, que perpassa pela criação da Rádio Maldita, das músicas dos anos 80, conta a história de Luiz Antonio Mello, suas aventuras, desventuras, amores, amizades, sonhos.

O filme é vivo, colorido e fotograficamente incrível. A direção de arte é de Claudio Amaral Peixoto que brilhantemente recriou a época em todas as suas vertentes. 


A trilha sonora é assinada por Dado Villa-Lobos, que viveu o auge da “Maldita”, já que era do Legião Urbana e viveu toda essa história. O longa realmente se propõe a mostrar o que tocava na rádio e nas festas antológicas em que as bandas se apresentavam na época. Dado fez um trabalho incrível. 

O longa é mix de drama e comédia que conta com um timaço de atores que ajudam a contar essa história. Johnny Massaro, George Sauma (protagonistas),  Marina Provenzzano, João Vitor Silva, Orã Figueiredo, Silvio Guindone, Flora Diegues, Joana Castro, Clarice Sauma, Luana Valentim, Mag Pastori, Bella Camero, André Dale, Felipe Haiut, Saulo Arcoverde, Cadu Favero e Charles Fricks, além de participações especiais como Hamilton Vaz Pereira e Gillray Coutinho.


Vale ressaltar que a atriz Flora Diegues, faleceu logo após as filmagens, e que o longa é dedicado a ela que interpreta a produtora Jaqueline.


Se você é apaixonado por Rock, por música, e pelos anos 1980 ou simplesmente é fã de cinema, o filme vale o seu tempo na poltrona, com direito a pipoca e refrigerante. E, de preferência numa sala com boa potência de som e imagem. 


Vários temas, além de música e rádio, são retratados no longa, entre eles estão o apostar no trabalho das mulheres na locução radiofônica, o acreditar nos sonhos, o fazer acontecer, amizade, luto, amor, entre outros. 


Tomás Portella, o Brasil agradece por esse filme incrível, colorido, vivo e musicalmente maravilhoso. 


E, você que lê esse texto, corra para o cinema. Prestigie os filmes nacionais. 


A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.








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