Por Graça Paes, RJ
Um dos filmes mais esperados do ano, "Meu Nome é Gal" chega aos cinemas no dia 12 de outubro. O longa, protagonizado por Sophie Charlotte, tem direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, que também assina o roteiro, produção da Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com Globo Filmes, Telecine e California Filmes. A distribuição é da Paris Filmes, com codistribuição da SPCine e da Secretaria Municipal da Cultura.
O filme conta a história de Gracinha - como era conhecida antes de ser tornar Gal Costa - que se muda para o Rio de Janeiro, onde se junta aos companheiros de vida Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Maria Bethânia (interpretada pela diretora Dandara Ferreira), Gilberto Gil (Dan Ferreira) e Dedé Gadelha (Camila Mardila). Luis Lobianco aparece no papel do empresário Guilherme Araújo, que acompanha a escolha do nome artístico de Maria da Graça para Gal Costa, assim como o lançamento de sua carreira. George Sauma interpreta o poeta, compositor e diretor Waly Salomão, fundamental na construção do contexto estético da turnê “Fa-tal, Gal a todo vapor” (1971), considerada um marco em sua trajetória e que a consolidou como a voz da contracultura brasileira.
Agência Zapp News bateu um papo com a diretora e atriz Dandara Ferreira e com o ator Rodrigo Lelis
Foto de Roberto StuckertDandara Ferreira atua e dirigi o longa e ela bateu um papo com a Agência Zapp News e contou para gente como foi essa dupla jornada: “Dirigir e atuar nesse projeto foi um grande desafio, mas ao mesmo tempo foi muito prazeroso já que dirigi o projeto de uma pessoa por quem eu tenho muita admiração, muita paixão, que é a Gal, e interpretei uma personagem que também é uma das minhas cantoras preferidas. No começo eu fiquei com receio de interpretar Bethânia porque eu achava que não iria conciliar o trabalho de diretora com o de atriz, mas quando eu resolvi encarar o desafio, eu mergulhei, entrei de cabeça, estudei muito, pesquisei muito. São duas grandes referências, duas artistas de uma grandeza enorme. Eu acho que, nesse trabalho, fazer as duas coisas me complementaram porque são trabalhos diferentes, mas que são complementares em algum sentido. Ao mesmo tempo, quando eu estava interpretando Bethânia, tive que totalmente abstrair o lugar de diretora senão eu não ia conseguir mergulhar na personagem, iria ficar muito limitada”, relata.
Para dar vida a Maria Bethânia a preparação foi intensa. “Eu estudei profundamente um documentário chamado “Bethânia bem de perto”, que é justamente a Bethânia do recorte do filme, a Bethânia com vinte e poucos anos, a Bethânia da época do “Opinião”. Vi muita foto da Bethânia dessa época procurando entendê-la, nunca pensando na questão da mimese, mas tentando entender um pouco mais da personagem. Tentar mergulhar nessa personagem, tentar ter um olhar mais próximo com o dela, o olhar que ela tinha, os simbolismos que as imagens traziam, sempre sabendo que aquilo ali seria a Bethânia da Dandara que, querendo ou não, é um olhar externo, mas ao mesmo tempo eu tentei trazer elementos da própria Bethânia, nunca pensando na questão mimética. Eu sei que, quando as pessoas vão ao cinema ainda mais se tratando destes personagens que estão no imaginário das pessoas, eles querem ver a Bethânia ali, querem ver a Gal, querem ver o Caetano e o Gil, então eu tentei entender esse sentido também. Eu realmente estudei muito”, diz ela.
“A preparação de elenco do Gabriel foi muito importante. Foi concentrada no corpo e não na fala. A gente ficava em uma sala de ensaio batendo texto, era um trabalho muito corporal, tivemos uma convivência em uma casa em que a gente ao mesmo tempo morava e ensaiava e foi muito importante isso não só pra a construção da Bethânia, mas para a relação com todos os personagens. Quando os personagens entraram em set, estava todo mundo muito sintonizado, muito alinhado, todo mundo sabendo muito sobre seus personagens. Eu acho que isso imprimiu muito bem na tela”, pontuou.
O filme terá uma première para convidados dia 7 de outubro e a minha expectativa é que as pessoas entendam esse lugar de homenagem, de comemoração. Não só a vida da Gal, o filme fala ao mesmo tempo sobre esse grupo de amigos que foram importantes, fala sobre uma geração. E acho que vem em um bom momento porque as pessoas estão com saudades da Gal. Também é uma forma de a gente matar um pouquinho da saudade dela. Em todo lugar que a gente tem passado até agora nestas pré estreias, as pessoas estão muito emotivas, ficam felizes. É esse lugar aí de tentar celebrar Gal, pontuou Dandara.
Rodrigo Lellis teve a missão de dar vida a Caetano Veloso nas telonas e nos relatou como foi mergulhar na personagem. “Caetano vive no imaginário popular, presenciar um pouco disso talvez tenha sido o maior desafio desse trabalho. Em muitos momentos me peguei pensando na responsabilidade que seria interpretar todo esse reconhecimento que Caetano conquistou durante sua vida artística. Trabalhamos com uma equipe de preparação maravilhosa, que nos trouxe aparatos cênicos muito estimulantes. Vivemos nossa tropicalidade dentro de uma casa em Cotia, moramos juntos por algumas semanas, isso tornou o filme ainda mais interessante”, relata ele.
Rodrigo segue atuando e agora está no elenco de “Guerreiros do Sol”, uma novela do Globoplay com 45 capítulos e previsão de estreia para 2024. “Meu personagem dentro da trama é um Padre que é o irmão mais novo da família Alencar, o único entre os irmãos que não vira cangaceiro. Os dois irmãos mais velhos da família passam por um desentendimento, se separam e se tornam a maior rivalidade da novela” declarou.
Sinopse: Meu Nome é Gal acompanha de perto e de dentro o breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira e também toda uma geração, principalmente de mulheres. O filme mostra como ela e seus companheiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Wally Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.
Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis, Camila Mardila, Luis Lobianco, Dan Ferreira, Dandara Ferreira, Chica Carelli e George Sauma
Trailer:
Ficha Técnica:
Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi
Roteiro Final: Lô Politi
Roteiro: Lô Politi, Maíra Buhler e Mirna Nogueira
Direção de Fotografia: Pedro Sotero
Direção de Arte: Juliana Lobo, Thales Junqueira
Figurino: Gabriella Marra
Maquiagem: Tayce Vale
Som Direto: Abrão César
Edição de Som: Beto Ferraz
Mixagem: Toco Cerqueira
Trilha Sonora: Otavio de Moraes
Montagem: Eduardo Gripa e Eduardo Serrano
Produção Executiva: Jatir Eiró, UPEX, Mariana Marcondes
Produtores Associados: Wilma Petrillo, Dandara Ferreira e Jorge Furtado
Produzido Por: Marcio Fraccaroli, Lô Politi, André Fraccaroli, Veronica Stumpf
Distribuição: Paris Filmes
Codistribuição: SPCINE, Secretaria Municipal de Cultura
Patrocínio: Rede D’Or, Hering
Apoio: ProAC, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de SP, Governo Federal, Lei Aldir Blanc, BRDE, FSA, ANCINE, (bandeira nacional)
Coprodução: Globo Filmes, Telecine e California Filmes
Produção: Paris Entretenimento e Dramática Filmes
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