quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Crítica do filme: “O Exorcista – O devoto”

Por Graça Paes, RJ

Com direção de David Gordon Green, mesmo diretor de Halloween (2018) e Halloween Ends (2022), o longa-metragem, que estreia nos cinemas, nesta quinta-feira, dia (12/10), foi programado para ser o primeiro longa de uma nova trilogia e é sequência direta do clássico de 1973, dirigido por William Friedkin e escrito por William Peter Blatty, baseado no livro homônimo de sua autoria.  Se irá render mais dois filmes, o tempo dirá! 

Em, “O Exorcista – O devoto”, Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), que é ateu, em uma viagem de férias com a esposa grávida ao Haiti e lá enfrenta um terremoto que ceifa a vida de sua esposa. Apenas a filha Ângela (Lidya Jewett) sobrevive. Victor, que cria a filha sozinho e se torna um pai superprotetor, 13 anos depois é surpreendido por um golpe do destino.  Em um passeio pela Floresta com a melhor amiga, Katherine (Olivia O'Neill), Ângela que decide invocar o espírito da mãe falecida, some por três dias junto com ela. Após, serem encontradas, para ambas, o fato parece ter ocorrido em apenas algumas horas. As meninas, machucadas, vão para um hospital, passam por uma bateria de exames, e retornam aos seus lares, com os pés machucados, e algumas escoriações. Sem memória dos fatos ocorridos e com uma certa desorientação. A partir daí, cada uma delas passa a apresentar um comportamento estranho em seus lares.  

Com o passar do tempo e o comportamento cada vez mais incontrolável, Ângela é internada, já a amiga Katherine, é cuidada em casa pelos pais que são cristãos. 

Após um alerta de que alguma força maligna possa ter possuído as meninas, uma enfermeira (Ann Dowd) lembra da história de alguém com passado semelhante. É quando os pais das jovens recorrem a Chris MacNeil (Ellen Burstyn), que escreveu um livro sobre o episódio que viveu com a sua filha Regan (Linda Blair), meio século antes, fazendo desta uma legacy sequel. E iniciam uma difícil e assustadora batalha contra o mal. 

A obra se diferencia das demais, que abordam o tema exorcismo, pois vai além do catolicismo envolvendo outras religiões e rituais. O que poderia ter sido um diferencial se torna solto no decorrer da trama. 

Outro fato que também difere dos demais filmes do gênero é que neste caso, a entidade demoníaca interage com os segredos mais obscuros das pessoas que tentam enfrentá-la mostrando que as conhece a fundo e que tem poder sobre elas. Fazendo terror psicológico através de seus ataques.

O longa aposta na diversidade religiosa, mas perde sua haste principal que é a prática do exorcismo, já que o princípio básico do exorcismo é feito de rituais, palavras e oráculos baseados em ensinamentos da Igreja Católica ou seja feito por padres. O ato em si tem por objetivo expulsar espíritos malignos, das pessoas, de lugares e objetos que são supostamente possuídos ou atormentados por eles. No catolicismo, este ritual também divide opiniões, e para atuar com a prática, o sacerdote precisa ter autorização da igreja. 

Tecnicamente, o filme “O Exorcista: O Devoto” peca em quase todos os quesitos, fotografia, montagem, direção, elenco, roteiro, efeitos especiais, e por aí vai. 


Uma palavra que define o longa: decepcionante. 


Para quem é apaixonado pelo gênero e espera ver algo próximo ao filme de 1973 vá ao cinema sem expectativas. Encare “O Exorcista: O Devoto” como uma obra que fica dividida entre o terror e a histeria. 

A Agência Zapp News já assistiu e nossa é 7.5. 






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