quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Crítica do filme: "Guerra Fria"

Por Graça Paes, RJ



Coprodução França, Polônia e Reino Unido, Palma de Ouro de Melhor direção em Cannes e com três indicações ao Oscar 2019, Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia, o longa "Guerra Fria", inspirado em fatos reais, com direção de Paweł Pawlikowski, estreia na quinta-feira, dia 7 de fevereiro nos cinemas.

A trama retrata o período da Guerra Fria, entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia da década de 1950, onde duas pessoas, de diferentes origens e temperamentos, um pianista e maestro, amante da liberdade e uma bela e jovem cantora, completamente incompatíveis, se apaixonam. 


O filme começa no ano de 1949, época que a Polônia estava sob o domínio stalinista. E, paralelo aos problemas políticos, dois professores decidem percorrer o interior do país em busca de vozes para integrar um grupo musical dedicado à canções populares/ folclóricas. Nas audições, um dos professores, Wiktor se impressiona com a jovem Zula, tanto por seu talento, como por sua beleza. 



Em pouco tempo, Zula conquista o posto de estrela do grupo Mazurek, nome fictício inspirado no famoso Mazowsze, um grupo folclórico polonês, cujos integrantes estão no filme. 




O sucesso do Mazurek desperta o interesse do grupo em alçar novos voos e sair dos limites da Polônia, o que não agrada Wiktor. Mas, agrada a jovem Zula, que neste período já  vivencia um romance com Wiktor. 




Os encontros e desencontros do casal, seus temperamentos opostos e aspirações contrárias, e o sentimento que os une é o molho especial desse filme e o pano de fundo deste filme cercado por belos cenários e figurinos de época. 



O longa é protagonizado por Joanna Kulig, Tomasz Kot e Jeanne Balibar cujos personagens são baseados nos pais do diretor Pawlikowski, e batizados com seus respectivos nomes, Wiktor e Zula. O longa é apenas inspirado no casal, não retratando fielmente sua história.


O drama / romance tem uma bela trilha sonora e chama atenção pela estética. É feito no formato 4:3, também chamado de janela clássica ou tela quadrada, que era o modelo usado pelo cinema até 1950 e tem a brilhante fotografia de Lukasz Zal. 

A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.

Confira o trailer: 




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