quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Crítica do filme: “O beijo no asfalto”

Por Graça Paes, RJ

A adaptação da obra de Nelson Rodrigues (1961), com direção, roteiro e produção de Murilo Benício, fotografia e câmera de Walter Carvalho, direção de arte de Tiago Marques Teixeira, montagem de Pablo Ribeiro, trilha de Berna Ceppas e produção de Marcello Ludwig Maia, da República Pureza Filmes. O longa estreia dia 6 de dezembro nos cinemas e marca a estreia de Murilo Benício na direção. “O beijo no asfalto” já teve duas versões filmadas. A primeira em 1965 por Flávio Tambellini, depois em 1980 por Bruno Barreto.




A obra conta a história de Arandir, um bancário, casado, que ao presenciar um atropelamento tenta socorrer a vítima, mas o homem caído ao chão e quase morto, só tem tempo de pedir-lhe um beijo. O último pedido é acatado e Arandir beija o homem, mas em pleno centro do Rio de Janeiro, seu ato é presenciado por diversos transeuntes, entre eles, seu sogro Aprígio, o repórter policial sensacionalista Amado Ribeiro e o fotógrafo do jornal, "Última Hora". O repórter é do tipo que inventa histórias para vender jornal e eis que ele apimenta a notícia e cria uma relação homossexual entre o bancário e a vítima de atropelamento. A versão criada pelo jornalista, não só vende jornal, como incita a polícia a investigar uma suposta ligação entre Arandir e o morto e ainda cria dúvidas na cabeça de Selminha (Débora Falabella), mulher de Arandir e filha de Aprígio (Stênio Garcia), que, misteriosamente, insiste na ideia de que presenciou o beijo, quando, na verdade, estava de costas. E, a partir daí.......só indo ao cinema acompanhar esse desfecho.




Tecnicamente, “O beijo no asfalto” tem uma estética ousada e surpreendente. O longa é extasiante. Uma aula de teatro,  de cinema e  de fotografia com o mestre e mago Walter Carvalho. 




Na telona você irá presenciar uma mescla de teatro e cinema fotografada em preto e branco, com um elenco de peso: Fernanda Montenegro, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Otávio Müller, Augusto Madeira e Arlindo Lopes.




O projeto do filme levou dez anos para se realizar e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, Riofilme, além de recursos próprios, e coprodução do Canal Brasil.


A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 10.





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