segunda-feira, 20 de maio de 2024

Curta “A caixa” é lançado no Rio

O evento foi no Novo Cine Joia em Copacabana e reuniu as classes artística e jornalística 


Por Graça Paes, RJ  

Na noite de sábado, dia 18 de maio, a equipe do Curta “A caixa” recebeu convidados para lançar a produção diante de uma plateia renomada, de várias gerações, formada por jornalistas e artistas. 


O curta é poético, sensível e instigante. Dá vontade de conhecer mais essa história. 


A produção está percorrendo festivais. E, a história ainda pode vir a se torna um longa metragem e uma peça teatral, de acordo com Marcos Maynard, idealizador e roteirista do projeto. 




      A CAIXA
    Marcos Maynart


Um amor é capaz de resistir a idas e vindas?

Um amor é capaz de resistir ao preconceito e à intolerância?

Se for verdadeiro, sim; terá força para vencer os obstáculos.

Mas, um amor é capaz de resistir à barreira entre e a vida e a morte?

João e Tiago atravessaram tudo isso, durante os anos de 1980. Uma relação que se inicia na passagem do ano e se estende até 1989, quando Tiago parte. Mas não para ali, na morte de Tiago, aos 45 anos. Ela transcende no lapso entre o céu e a terra. Entre a finitude e a eternidade. Um amor entre dois homens diferentes, mas tão complementares. Separados pela AIDS, que levou Tiago prematuramente. João e Tiago, viveram uma grande e intensa história de amor, que a morte não conseguiu aplacar.

Uma caixa azul contendo cartas e fotos é o canal de contato, através da qual, João revive momentos de memórias afetivas, com embates emocionados e cheios de amor, que nem o tempo e a morte foram capazes de sepultar.

Com roteiro dos jornalistas Marcos Maynart e Beto Alves, o filme acontece numa espiral crescente de poesia em meio a cartas e muitas verdades e emoções. Todas guardadas a sete chaves na belíssima caixa criada pela artista plástica Christina Oiticica e enviada, muitos anos atrás, como presente a Marcos.

Segredos que nos tocam e são compartilhados pela brilhante interpretação de Adriano Arbool (João), tanto na atuação quanto na narração, e pela impecável direção de fotografia de João Mário Nunes, que soube extrair de cada cena a beleza e natureza refletidas nos sentimentos que transbordam das cartas. O toque final é dado pela elegante trilha sonora de Liah Soares e Fernanda Santanna.

 

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