O diretor Guy Ritchie se supera nesta nova trama que prende o expectador do início ao fim
Por Jorge Nunes Chagas/Ag.Zapp News
Antes de começar a escrever esta crítica, fiquei interessado nas versões anteriores do nosso inteligente e bem humorado investigador. Minha intenção ao assistir “A Vida Privada de Sherlock Holmes” de 1970, dirigida por BillyWilder, era aspirar seu mundo original, mais fiel à sua criação. O filme é glamouroso, extremamente culto no proferir das palavras, sem lutas, mas com muito raciocínio lógico e perspicácia para imergirmos nos pensamentos de Holmes, tudo com muito bom humor. Por alguns instantes cheguei a crer que estava diante de um filme político, mas as situações exigiam providências não condizentes a esta prematura e efêmera visão.
Ao terminar de vê-lo, lembrei imediatamente do universo do livro homônimo de Jô Soares “O Xangô de Baker Street” que conta com a participação de Holmes mantendo suas características. Como informação complementar, e até para quem não sabe, Baker Street se trata de uma Rua de Londres onde o famoso detetive inglês morava.
Em 2009, a franquia foi assumida e dirigida pelo diretor GuyRitchie (Rocknrolla). A criação de sir Arthur Conan Doyle (1859-1930) precisou sereinventar não só pela modernização na produção cinematográfica, mas também pelos gostos da atual geração. “Um novo detetive para um novo público” como diz acrítica de Érico Borgo do site Omelete.
Neste ano de 2012, no filme em questão, Sherlock Holmes está de volta com uma missão bem mais difícil: deter uma mente tão formidável como a dele, mas esta para o mal. Refiro-me ao professor James Moriarty, grande arqui-inimigode Holmes interpretado muito bem por Jared Harris (Mad Men). O ator, em entrevista ao Jornal O Globo, se mostrou preocupado com sua atuação como o vilão Moriarty para o público mais aficionado pelas histórias do detetive. Numa rápida pesquisa e pelo que disse acima sobre a modernização dos gostos, setrata de uma preocupação tola e ouso em dizer que nem fará diferença.
Holmes e seu fiel parceiro Dr. Watson investigam vários acontecimentos que, juntos, estão entrelaçados para provocar a primeira guerra mundial. A dupla tenta ligar os pontos para evitar uma catástrofe no ocidente, numa trama que os leva para a França, Alemanha e, finalmente, Suíça. Interpretados novamente por Robert Downey Jr. e Jude Law, ambos estão mais maduros e mais entrosados do que antes, com diálogos rápidos e fazendo consequentemente nosso cérebro trabalhar mais.
Seu faro de investigação e sentidos está mais aguçado do que nunca. Holmes faz inúmeros exercícios de prevenção de movimentos dos adversários, assim como no filme anterior, com o adendo de estar amplificado graças às maravilhas da tecnologia 3D.
Notei uma clara evolução em todos os sentidos neste longa emrelação ao anterior. O diretor Guy Ritchie preocupado em contar uma história defácil compreensão, utilizou-se de um didatismo um tanto previsível, mas eficiente. O filme é recheado de efeitos especiais, usando e abusando datecnologia 3D em várias tomadas. As cenas de perseguição na floresta em altíssima velocidade me chamaram muita à atenção.
Todos estes elementos reunidos na telona credenciam a película em uma grande aventura, bem divertida e com muita, muita ação! Particularmente acho imperdível, fazendo valer cada centavo do seu ingresso. Daria nota 9,0.
Espero que tenham gostado de minha crítica e Have a good fun!
Fotos de Divulgação
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