O 34º Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro será realizado de 23 a 30 de abril e a programação será divulgada em breve.
Cineastas e produtores poderão inscrever seus projetos até o dia 4 de abril, e o objetivo final é viabilizar a realização das obras que mais se destacarem durante as atividades dos laboratórios. O projeto, O realizado pelo Festival Curta Cinema com o objetivo de fomentar a realização de filmes brasileiros no formato, e o vencedor receberá prêmios que consistem em aportes, na forma de prestação de serviço e locação de equipamentos e materiais, oferecidos pelos apoiadores do festival e com o prazo de um ano para serem utilizados.
As oficinas deste ano contam com a experiência de renomados profissionais da área audiovisual: a roteirista e diretora Clara Ferrer, a diretora e montadora Karen Ackerman e o produtor Matheus Peçanha. Os três irão guiar os participantes e enriquecer as obras inscritas, atuando como mentores e consultores na orientação dos 12 projetos selecionados para esta 27ª edição.
Ao final do Laboratório, os projetos terão a oportunidade de participar de uma sessão de Pitching aberta ao público geral e a profissionais da área audiovisual. Nesta apresentação, que ocorrerá no dia 28 de abril no Instituto Cervantes, será escolhido o filme vencedor, que é anunciado na premiação oficial.
Os interessados devem acessar o site do Festival Curta Cinema, ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição. Poderão participar do processo de seleção os projetos de curta-metragem de ficção originais ou adaptações literárias mediante autorização dos autores. O festival é apoiado pela RioFilme através do Programa de Fomento Pró—Carioca Audiovisual 2024 - Lei Paulo Gustavo.
"O live action Branca de neve exalta o empoderamento feminino e mostra uma Branca de Neve dona de si".
O longa ‘Branca de Neve’ ou ‘Snow White’ é um live-action de fantasia musical dirigido por Marc Webb e escrito por Greta Gerwig e Erin Cressida Wilson. A obra é uma adaptação do consagrado filme da Disney de 1937, que é baseado no conto de fadas "Branca de Neve" dos Irmãos Grimm.
Lançado no Brasil, em 20 de março, o longa teve um orçamento de 209 milhões de dólares. E é uma recriação do clássico animado de Walt Disney de 1937. A história da bela e jovem princesa que ao ser perseguida por uma rainha má busca refúgio em uma cabana na floresta, onde é amparada por sete anões, posteriormente envenenada pela rainha/bruxa má e depois despertada pelo beijo apaixonado de um príncipe para viver o “felizes para sempre”.
Vamos lá! Quando lidamos com remakes em live-action de desenhos animados clássicos da Disney geralmente parte da crítica e do público já fica com um pé atrás. Pois, ao descortinar o que já atraiu muitas gerações e está no imaginário do público se torna mais complexo do que o que se imagina.
Citando o filme em animação de 1937, o primeiro longa de Branca de Neve, de Walt Disney, a obra é tocante, sensível e comovente. E ao recriar esse clássico, ainda mais com figuras conhecidas do cinema por outras produções, cito as atrizes principais, Zegler e Gadot, já começa sendo um desafio ainda maior. E, a partir daí, ao linkarmos a Branca de Neve, como está no nosso imaginário, como uma jovem de pele tão clara quanto a neve, nesta produção temos uma contradição a animação, já que a atriz tem ascendência colombiana, e uma pele que não é tão alva assim, mas por que a escolha desta atriz e a mudança quando a origem de seu nome? Ter anões digitais, caricatos, na telona, em pleno século XXI, era da inclusão, da diversidade, por que?
Já no inicio do filme nos deparamos com o que seria o motivo da escolha para o nome de Branca de Neve, não seria pela pele alva, mas sim, por ela ter nascido durante uma nevasca, o que explicaria a escolha da atriz que a interpreta Rachel Zegler. Ok, é uma resposta. Enfim....
A partir daí, o live-action segue repleto de novas canções, a maioria em tons saudosistas dos pais de Branca de Neve, algumas de empoderamento, e é claro, as alegres e marcantes. Um dos pontos altos do filme é a canção "parar de pensar e começar a agir", “Waiting on a Wish, que retrata que ao invés de esperar que as coisas aconteçam devemos agir para elas aconteçam.
Parte da trilha sonora é de Benj Pasek e Justin Paul, os mesmos de O Rei do Show; e as demais canções de Frank Churchill e Larry Morey.
Voltando a nossa atual trama, a chegada da rainha Má, a história, após a morte da mãe de Branca de Neve, (Gadot), passa a explorar os medos, a ganância, o poder desenfreado e a obsessão da personagem.
A partir daí, Branca de Neve, passa a viver no estilo gata borralheira, trancafiada no castelo, onde surge um plebeu, estilo Robin Hood, Jonathan, que é líder de um bando de rebeldes. Estes são os novos personagens que surgem nesta produção, e que dizem lutar em nome do Rei. Eles acompanham Jonathan, o líder do bando, que se tornará o grande amor de Branca de Neve, e se juntam aos sete anões para ajudar Branca de Neve. Ok, eles também geram bom resultado na telona. Apesar de mudar tudo!!!!
Um dos pontos que também nos remete ao clássico é a Floresta onde Branca de Neve se refugia e encontra os sete anões. Temos Floresta!!!!!
Alguns pontos a serem debatidos e sem uma explicação plausível nesta produção é o fato que volto a citar aqui, num momento de inclusão e diversidade em que vivemos a produção optar por computação gráfica ao invés de escalar atores anões reais, mas independente disso, ficou bem bonitinha essa parte da Branca de Neve com os anões, dá para perdoar, gera resultado. Mas, afirmo que sou a favor da escalação de anões reais nestas produções.
Outro ponto a ressaltar é a entrega das atrizes Zegler, Gadot e do elenco real em si, todos em excelentes atuações.
O live action Branca de Neve, dependendo da idade da criança que o assista, talvez não atenda a magia da Disney esperada por todos, é uma trama bem mais complexa, mas para adolescentes e adultos, a nova produção pode vir a envolver com uma Branca de Neve empoderada e dona de si e que luta por seus direitos. Ela não é apenas a menina romântica da animação.
Como todo remake de clássico, o live action de Branca de Neve nunca irá superar a animação de 1937, mas é uma produção que nos leva a refletir, que exalta o empoderamento feminino, a amizade, o amor e a autoestima, e a busca desenfreada pelo poder.
A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 9.
Assista ao trailer:
Nossa dica e que assista em salas Imax para ter melhor resolução de imagem e de som.
Terror e comédia se misturam nesta trama com cenários paradisíacos
Peres, que tem um vasto currículo nas artes dramáticas como ator que inclui o seriado a ‘A grande família’, as novelas ‘Beleza Pura’ e ‘Sete Pecados’ e inúmeras peças teatrais, agora estreia como autor e diretor em uma produção independente que reúne atores e não atores em cena e que foi um grande desafio em sua carreira.
Apaixonado por cinema, ele atua como diretor e ator e em diversas funções técnicas do filme.
O longa pode ser assistido no Youtube e desde sua estreia em 01/02/2025 já foi visto por mais de 40 mil pessoas.
Acesse o link do filme:
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Vamos apoiar o cinema nacional!
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SINOPSE
Uma investigadora de polícia, buscando uma melhor qualidade de vida, decide morar em Araruama-RJ. Ao chegar à cidade, ela se encanta com o progresso e as belezas naturais. Ela só não contava se deparar com uma série de acontecimentos sobrenaturais. Na medida que vai se aprofundando nas investigações, percebe não se tratar de crimes comuns e descobre que são provenientes de um ataque de vampiros, fato que já havia ocorrido na cidade no ano de 1997, e se vê cada vez mais envolvida com os fatos, que quase três décadas depois, ainda é uma ameaça.
O longa tem a direção de Léo Peres, e conta com Camuratti, Tallyta Farias, Léo Peres, Edu Gomes e grande elenco. Estrelando: José Eduardo Gouvêa.
FICHA TÉCNICA
A Hora do Vampiro, o Ritual
Direção e roteiro : Léo Peres
Direção de fotografia : Victor Macharet
Direção de produção : Léo Peres
Direção de arte : Léo Peres
Direção e produção musical : Célio Bussay
Direção de efeitos especiais : Cláudio Boneco
Produção executiva : Camuratti
Produção de elenco : Léo Peres
Figurino : Karol Azedias e Léo Peres
Cabelo e maquiagem : Mônica Monteiro e Camuratti
Edição e montagem : Victor Macharet
Supervisão de edição : Léo Peres
Produção de Arte : Léo Peres e Cláudio Boneco
Assistente de direção : Ziel Corrêa e Jhonatan Fernandez
Assistente de produção : Thalyta Meirelles
Câmera : Victor Macharet
Som : Victor Macharet
Designer : Gabriel Dias
Drone : Victor Macharet , Léo Peres e Jhonatan Fernandez
Produção de efeitos especiais : Cláudio Boneco e Felipe Aquino
Técnicos de efeitos especiais : Ednei Beltrão da Silva e Matheus Rodrigues Oliveira
Trilha sonora : Célio Bussay , Léo Peres , Fernando Maia , Ícaro Castro , Edris Vasconcellos , Edu Gomes , Tallyta Farias , Banda Iorius , Danilo Carvalho , Glaucio Santos e Léo Peres
O longa abriu a Semana da Crítica no Festival de Cannes e e participou do Festival do Rio em 2023
“Meu Verão com Gloria”, o segundo longa-metragem da premiada diretora e roteirista francesa, Marie Amachoukeli, será lançado dia 20 de fevereiro, nos cinemas, em circuito nacional. Filme de abertura da Semana da Crítica no Festival de Cannes, em 2023, mesmo ano em que participou do Festival do Rio, o longa-metragem de ficção, “Meu Verão com Gloria” produzido pela Lilies Films (produtora dos filmes da diretora Céline Sciamma, como Retrato de uma Jovem em Chamas), será o primeiro lançamento da distribuidora Filmes do Estação neste ano.
Cleo tem seis anos e é completamente apaixonada por Gloria, a babá que a cria desde que nasceu, mas após uma perda familiar, Gloria deve retornar urgentemente para Cabo Verde, e elas se reencontram para passar o último verão juntas. A trama traz a beleza e o afeto presentes na relação de uma criança com sua babá, enquanto, simultaneamente, leva a reflexão sobre como muitas mulheres precisam abrir mão da criação diária de seus filhos para cuidar dos filhos de outras famílias.
A história fala também sobre a complexidade que envolve os sentimentos e ressentimentos familiares, imigração e desigualdades econômicas. Tudo isso retratado de maneira carinhosa e comovente.”Meu verão com Glória, nosso primeiro lançamento do ano, é um delicioso, terno e poético filme, desses que deixam a gente leve quando sai do cinema e nos faz ficar pensando e falando sobre. É um filme para férias e para o verão, além de ser para todas as idades.”, declara Adriana Rattes diretora do Filmes do Estação.
Sinopse
Cleo tem seis anos e é completamente apaixonada por Gloria, a babá que a cria desde que nasceu. Após uma perda familiar, Gloria deve retornar urgentemente a Cabo Verde, onde estão seus próprios filhos e Cleo insiste em uma promessa: que as duas se reencontrem o mais rápido possível. A babá, então, a convida para conhecer o seu país, passando um último verão juntas como forma de despedida. Filme de abertura da Semana da Crítica no Festival de Cannes 2023.
Duração: 84'
França - 2023
Direção:MARIE AMACHOUKELI
Roteiro: MARIE AMACHOUKELI
Produtora: LILIES FILMS
Empresas coprodutoras:
CANAL+
CINé+
TV5 MONDE
Fotografia: INÊS TABARIN
Elenco:
LOUISE MAUROY-PANZANI
ILÇA MORENO ZEGO
ABNARA GOMES VARELA
FREDY GOMES TAVARES
ARNAUD REBOTINI
DOMINGOS BORGES ALMEIDA
Direção: Marie Amachoukeli
A diretora Marie Amachoukeli, além de ”Meu verão com Glória”, tem em sua filmografia os curtas premiados “Forbach” (2008), “C’est Gratuit pour les Filles” (2009) e “Demolition Party” (2013), a animação “I Want Pluto to be a Planet Again” (2016) e seu primeiro longa, “Party Girl” (2014), pelo qual ganhou o Camera d’or no Festival de Cannes (Melhor primeiro filme).
Com direção de Barry Jenkins, roteiro de Jeff Nathanson, produção Walt Disney Pictures e Fairview Entertainment, o live action "Mufasa: o Rei Leão", estreia nos cinemas dia 19 de dezembro.
Mufasa: o Rei Leão" toca no fundo do coração no que se refere ao termo família. É uma produção pra ser assistida em família, seja ela biológica ou do coração. A produção aborda o tema “família” de uma forma bem carinhosa. E, nos faz refletir sobre amor, lealdade, respeito, amizade, inveja, hereditariedade e a busca pela sobrevivência.
Você que ama a história de Simba, e que se apaixonou pela saga desde 1994, agora poderá conhecer a história de se pai, Mufasa e a de seu tio Scar. Ah! Você também saberá como Rafiki, o babuíno sábio, se tornou amigo de longa data de Mufasa, como Sarabi conquistou o coração do Rei, e irá conhecer Kyara, a filha de Simba.
Mas, afinal, quem era Mufasa? A história de Mufasa é tão especial quanto a de seu filho Simba. Neste live action você vai acompanhar a saga do pequeno Mufasa que após um acidente, quando ainda era um filhote, fica órfão e passa a se sentir perdido e sozinho. Até que um dia, um leãozinho chamado Taka, herdeiro de uma linhagem real, cruza seu caminho. Esse encontro dá início a uma grande jornada que narra a história de ambos. E, a partir daí você conhecerá os percalços enfrentados por Mufasa até ele se tornar um grande e respeitado Rei e entenderá o que motivou os conflitos para Scar se tornar um ser amargo.
Tecnicamente, o live action é superior ao do “Rei Leão” de 2019. A qualidade desta obra está impecável. Mas, vamos dar apenas um spoiler, a trilha sonora deixa a desejar. As canções que marcaram a animação de 1994 e que estiveram presentes em 2019 não tiveram sequência neste live action. Não temos musiquinhas chicletes e adoráveis que marcam.
Quanto ao roteiro, ele também poderia ser mais redondinho. Ele deixa a desejar caso a gente queira comparar com a grandiosidade da animação de 1994 que inspirou o live action de 2019.
Os adoráveis javali Pumba e seu camarada suricato Timão continuam mantendo o estilo de vida sem preocupações, o "hakuna matata", mas neste live action, eles fazem apenas uma participação. Aparecem muito pouco. Poderiam ter sido melhor aproveitados.
Calma, a obra "Mufasa: o Rei Leão", vale o seu ingresso, com direito a combo de pipoca, aliás lançaram uns incríveis com o tema. Outra dica é quanto a escolha da sala. A obra vale uma sala tipo Imax com melhor qualidade de som e imagem.
“Abraço de Mãe” se destaca pelo talento de Marjorie Estiano e elenco".
O longa dirigido por Cristian Ponce, produzido por André Pereira e Mariana Muniz, coproduzido por Pablo Guisa Koestinger, com roteiro de Cristian Ponce, André Pereira e Gabriela Capello estreia na quarta-feira, dia 23 de outubro, na plataforma de streaming Netflix.
O filme de terror brasileiro “Abraço de Mãe” é estrelado por uma das atrizes mais premiadas de sua geração, Marjorie Estiano (indicada ao Emmy Internacional por seu papel na série “Sob Pressão”, do Globoplay.
A trama se passa durante a enchente de fevereiro de 1996, que devastou a cidade e deixou cicatrizes profundas. Durante o temporal, um dos mais intensos da história carioca, o terror psicológico norteia a personagem Ana (Marjorie Estiano), uma bombeira, que enfrenta eventos misteriosos e que vai lutar para sobreviver.
O roteiro deixa pontos soltos, principalmente no que se refere ao seu desfecho, aliás um erro da maioria dos filmes que estão na Netflix, assim como deixa vaga a própria história da personagem Ana que norteia a trama. Seus traumas poderiam ser mais explícitos ao público. Mas, vale a pena ser assistido.
Marjorie Estiano, mais uma vez, se destaca como a protagonista fazendo jus a todos os méritos que vem recebendo nos últimos tempos.
Trilha sonora, efeitos especiais, cenografia, e todo o elenco estão de parabéns. O longa também tem uma boa fotografia que nos remete ao ano de 1996.
O filme “Abraço de Mãe” vem se consolidando como uma das grandes apostas do cinema de terror latino-americano do ano, principalmente depois de passar por festivais internacionais como o Festival de Cinema de Sitges, um dos mais importantes festivais de cinema mundial do gênero fantástico, na Espanha, e também o Beyond Fest, festival de cinema de gênero, promovido pela Cinemateca Americana em parceria com a distribuidora NEON, em Los Angeles, nos EUA. No Brasil, o longa foi destaque na programação do Festival do Rio.
A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8,5.
A noite de quarta-feira, dia 28 de agosto, foi de festa e premiação para o cinema brasileiro. No palco da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a Academia Brasileira de Cinema anunciou os vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024, a mais importante festa do audiovisual brasileiro.
Os mestres desta cerimônia foram Dira Paes e Tony Garrido. O evento foi transmitido ao vivo para todo o país pelo Canal Brasil e pelo Youtube da Academia Brasileira de Cinema.
Tiveram muitas surpresas, entre homenagens e premiações. Um dos grandes destaques foi "Pedágio", de Carolina Markowicz, que ganhou os prêmios de Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. O longa “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini, levou o maior número de troféus Grande Otelo da noite: seis.
O troféu Grande Otelo de Melhor Atriz de Longa-Metragem foi para Vera Holtz (“Tia Virgínia”) e o de Melhor Ator de Longa-Metragem, para Ailton Graça (“Mussum, O Filmis”). Arlete Salles venceu na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (“Tia Virgínia”) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Jorge Paz (“O Sequestro do Voo 375”). Julio Andrade foi aclamado o Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Betinho - No Fio da Navalha”, e Alice Carvalho como Melhor Atriz de Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Cangaço Novo”.
Foram anunciados 30 prêmios para longas-metragens, curtas e séries brasileiras: 29 produções escolhidas por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação do público pelo site da instituição. Como é tradição, a abertura dos envelopes foi ao vivo, auditada pela PwC Brasil. A lista de finalistas reuniu este ano mais de 200 profissionais, 39 longas-metragens brasileiros, 5 longas ibero-americanos, 15 curtas-metragens brasileiros (5 de ficção, 5 documentários e 5 de animação); e 16 séries (4 de animação, 5 documentários e 5 de ficção).
O Cinema Novo foi o grande homenageado da edição de 2024, quando se comemora os 60 anos do filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha. Com projeções e performances musicais, a cerimônia dirigida por Batman Zavareze e com roteiro de Bebeto Abrantes levou o público a revisitar obras emblemáticas que marcaram a história do Brasil. Representantes do Cinema Novo, os cineastas Cacá Diegues, Ruy Guerra, Walter Lima Jr. e Zelito Vianna, assim como a produtora Lucy Barreto, subiram ao palco para receber seus troféus Grande Otelo das mãos dos dois mais icônicos atores do Cinema Novo: Antônio Pitanga (o inesquecível Firmino, de "Barravento") e Othon Bastos (o eterno Corisco, de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", ambos de Glauber Rocha).
A noite de celebração ao movimento que renovou a linguagem cinematográfica brasileira nos anos 1960 e 1970 teve performances musicais dos compositores e instrumentistas Pedro Luis e Yuri Queiroga, que apresentaram temas marcantes e trilhas, como a composição de Sérgio Ricardo para "Deus e o Diabo na Terra do Sol"; e "Joanna Francesa", canção de Chico Buarque para o filme homônimo de Cacá Diegues. A cerimônia também contou com a performance de Toni Garrido, Pedro Luis, Ava Rocha e Caio Prado interpretando Macunaíma (1975), samba-enredo da Portela, com a intervenção da guitarra de Yuri Queiroga.
Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema, falou sobre a mudança de nome da premiação, que até o ano passado se chamava Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e celebrou a importância histórica do Cinema Novo. "Esse ano nosso Grande Prêmio do Cinema Brasileiro passou a se chamar Prêmio Grande Otelo: assim celebramos o nome do nosso troféu. Grande Otelo, nosso eterno Macunaíma, passeou das Chanchadas ao Cinema Novo, sem nenhum preconceito e sempre brilhante. E hoje a homenagem da Academia Brasileira de Cinema é ao Cinema Novo, que mudou definitivamente nosso cinema. Orgulho eterno e sempre um farol para que a gente jamais deixe de lembrar o que nosso cinema foi, é e ainda pode ser: aquele que só precisa de uma câmera na mão, uma ideia na cabeça e, claro, muita liberdade".
O secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, representou o prefeito Eduardo Paes na cerimônia e destacou a importância do audiovisual nacional na expressão da diversidade da cultura brasileira. "O Prêmio Grande Otelo é não só um tributo aos profissionais do cinema brasileiro, mas também um símbolo de resiliência de uma indústria que não se curva diante das adversidades”, disse.
Realizado pela Academia Brasileira de Cinema, o Prêmio Grande Otelo 2024 conta com o apoio da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura, e tem apuração e acompanhamento PwC Brasil.
•JORGE PAZ como Nonato por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Atriz Coadjuvante de Longa-Metragem
•ARLETE SALLES como Vanda por Tia Virgínia.
Melhor Longa-Metragem Ibero-americano
•LA SOCIEDAD DE LA NIEVE (Espanha, Uruguai, Argentina e Chile) /Ficção – Direção: J.A. Bayona. Indicação: Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España.
Melhor Longa-Metragem Voto Popular
•PÉROLA, de Murilo Benício.
Melhor Roteiro Original
•CAROLINA MARKOWICZ por Pedágio.
Melhor Roteiro Adaptado
•LUSA SILVESTRE e MIKAEL DE ALBUQUERQUE – Adaptado do documentário “Sequestro do Voo 375”, de Constâncio Viana – por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Longa-Metragem Infantil
•TURMA DA MÔNICA JOVEM – REFLEXO DO MEDO, de Mauricio Eça.
Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
•JULIO ANDRADE como Betinho por Betinho - No Fio da Navalha, de Lipe Binder.
Melhor Atriz Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
•ALICE CARVALHO como Dinorah por Cangaço Novo.
Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
•CANGAÇO NOVO, de Fabio Mendonça e Aly Muritiba.
Melhor Curta-Metragem Ficção
•A MENINA E O MAR, de Gabriel Mellin.
Melhor Longa-Metragem Animação
•PERLIMPS, de Alê Abreu.
Melhor Série Brasileira de Animação, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
•ESQUADRÃO DO MAR AZUL, de Rubens Belli.
Melhor Curta-Metragem Animação
•MULHER VESTIDA DE SOL, de Patrícia Moreira.
Melhor Longa-Metragem Documentário
•ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay.
Melhor Série Brasileira de Documentário, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
•O CASO ESCOLA BASE – Direção Geral: Paulo Henrique Fontenelle.
Melhor Curta-Metragem Documentário
•THUË PIHI KUUWI - UMA MULHER PENSANDO, direção Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami.
Melhor Montagem
•LUCAS GONZAGA e GUSTAVO VASCONCELOS por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Direção de Fotografia
•ADRIAN TEIJIDO, ABC, por O Rio do Desejo.
Melhor Efeito Visual
•MARCELO CUNHA e JOAQUIM MORENO por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Som
•SÉRGIO SCLIAR, MIRIAM BIDERMAN, ABC e RICARDO REIS, ABC, por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Direção de Arte
•RAFAEL RONCONI por O Sequestro do Voo 375.
Melhor Maquiagem
•MARI PIN e MARTÍN MACÍAS TRUJILLO por Mussum, o Filmis.
Com direção de Marcos Jorge, 'Estômago 2 - O Poderoso Chef', estreia nos cinemas na quinta-feira, dia 29 de agosto. É um mix de comédia com pitadas de suspense e um leve toque de terror.
O longa, que ganhou 5 Kikitos do Festival de Gramado de 2024, incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular, não é bem uma sequência do sucesso de “Estômago” de 2008.
A saga continua pelo inesquecível personagem Nonato, que arrebatou as plateias em 2008. Agora, o filme mostra o sucesso dele na prisão através da gastronomia. Mas, eis que ele é surpreendido com a chegada de um novo chef, um famoso mafioso italiano que começa a competir com ele e quer conquistar o poder através do estômago dos líderes na cadeia.
Nonato, que conseguiu conquistar o prestigio na cadeia com seus talentos culinários é o grande “chef” e prepara pratos especiais para os carcereiros e para os chefão que lidera os detentos, como o Etcétera. Com a chegada de Dom Caroglio, ele se vê ameaçado já que o italiano gosta de cozinhar e deseja ser o novo líder dos presos. Mas, o malvado mestre-cuca italiano simpatiza com Nonato e seu tempero e exige que ele seja seu cozinheiro exclusivo, o que desagrada Etcétera. A partir daí rola aquela treta básica tipo de ‘facções rivais’ e Nonato fica sem saber para que lado ir.
A trama gira em torno do talento de Nonato na cozinha e suas artimanhas para lidar com os dois chefões. Mas, neste longa o personagem Dom Caroglio supera Nonato que fica em segundo plano.
Com uma boa trilha sonora e excelente fotografia, o filme peca na montagem e no roteiro que deixam peças soltas. Uma ressalva para o elenco que dá um show e para os efeitos especiais que são muito bons.
Abordando temas como a busca desenfreada pelo poder, o longa merece ser assistido, mas claro, sem muitos links com o primeiro que realmente é um clássico.
Ah! O final é bem interessante.
A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.5.