Crítica do filme: "Jurassic World: Recomeço"

Por Graça Paes, RJ

Dirigido por Gareth Edwards, com roteiro de David Koepp, 'Jurassic World: Recomeço', o sétimo filme da saga, estreia dia 3 de julho nos cinemas. 

No longa, o ambiente do planeta se mostra, em grande parte, inóspito para os dinossauros e outros animais pré-históricos. As criaturas sobreviventes agora vivem em regiões tropicais remotas, onde as condições são semelhantes às de seus habitats originais.

Com base na longevidade destas criaturas, Zora Bennett, uma agente secreta, é contratada para trabalhar com o paleontólogo Dr. Henry Loomis e o líder da equipe, Duncan Kincaid, em uma missão ultrassecreta. Para tal, eles tem que se infiltrar na Ilha Saint-Hubert, uma área proibida à visitação no Oceano Atlântico, usada pela InGen como um centro de pesquisa de dinossauros. O objetivo da missão é localizar as três maiores espécies pré-históricas restantes, na terra, no mar e no ar, e coletar seu DNA, que contém a chave para um medicamento revolucionário capaz de salvar inúmeras vidas humanas.

Durante, a missão, eles descobrem que a ilha, antes usada como laboratório de pesquisa do Jurassic Park, era o lar de experimentos e que abriga dinossauros "diferenciados" que conseguiram viver por longos anos. A jornada também marca o retorno do Espinossauro, um dos dinossauros mais populares da franquia. 

Ao longo da missão, a equipe de Zora encontra uma família de civis cujo passeio de barco foi interrompido por dinossauros aquáticos errantes, e a partir daí os caminhos deles se cruzam. 

No elenco, Scarlett Johansson como Zora Bennett, uma especialista em operações secretas, Mahershala Ali como Duncan Kincaid, o líder da equipe de Zora, Jonathan Bailey como Dr. Henry Loomis, um paleontólogo, Rupert Friend como Martin Krebs, um representante farmacêutico, Manuel Garcia-Rulfo como Reuben Delgado, o pai de uma família civil naufragada, Luna Blaise como Teresa Delgado, uma jovem naufragada na ilha e filha mais velha de Reuben, David Iacono como Xavier Dobbs, um jovem naufragado na ilha e namorado de Teresa, Audrina Miranda como Isabella "Bella" Delgado, uma criança naufragada na ilha e filha mais nova de Reuben, Philippine Velge como Nina, membro da equipe de Zora, Bechir Sylvain como Leclerc, membro da equipe de Zora e Ed Skrein como Bobby Atwater, membro da equipe de Zora. 

O longa se destaca pelas locações incríveis em cenários reais na Tailândia, Malta e Reino Unido tem uma fotografia vibrante que alia efeitos visuais (CGI) de alto nível a animatrônicos e efeitos práticos, o que traz um toque mais orgânico à franquia. Com destaque para duas cenas, a surgimento do mosassauro e a da perseguição no mar, ambas bem executadas e visualmente marcantes.

A trilha sonora, assinada por Alexandre Desplat, é muito envolvente, e conta com uma orquestra de 105 músicos e um coro de 60 vozes, e incorpora temas clássicos de John Williams, reforçando a ligação com os filmes originais e criando uma atmosfera grandiosa. 

O roteiro, escrito por David Koepp, (também roteirista do primeiro Jurassic Park), peca em personagens pouco desenvolvidos e reviravoltas previsíveis, mas não é de todo ruim. O roteiro se baseia na missão de uma equipe em busca do DNA de três dinossauros específicos numa ilha e na viagem em alto mar que um pai faz com as duas filhas e o namorado de uma delas. Durante o longa, esses caminhos se cruzam em alto mar, se cruzam com os dinossauros, mas a conexão destas histórias é rasa e deixa muitas falhas. Não foi bem explorada. 

O longa tem pitadas de humor e um certo ar de suspense, mas a intenção de levar o terror a telona, não se sustenta nas cenas a que se propõe. Mas, até que nos dá uns sustinhos. 

Um dos fatos positivos do longa é a presença de uma criança em cena, como é de praxe na saga, e dá leveza. E, ah! Se prepare para se apaixonar por Dolores, quem é?, Você terá que assistir o filme para saber. Posso lhes garantir que é a parte mais legal da história, (Dolores é essa da foto acima), as cenas que incluem Dolores e o que ela apronta são as mais fofas. 

"Jurassic World: Recomeço apresenta excelência técnica, destacando-se pelo alto nível de qualidade visual e sonora. Contudo, o filme não sustenta uma narrativa consistente do ponto de vista emocional e estrutural. Embora atenda plenamente às expectativas de quem busca um espetáculo audiovisual, pode frustrar alguns espectadores em busca de maior profundidade dramática e tensão narrativa. E desapontar os mais apaixonados pela saga, pois não podemos dizer que é filmaço, mas é um filme "bom". 

A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.