segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

3º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo divulga filmes premiados

Foram homenageados no evento, Antônio Pitanga, Nathália Timberg, Daniel Filho e Lázaro Ramos

Por Graça Paes 

Terminou no último fim de semana de novembro, como já habitualmente faz parte do calendário anual dos festivais de cinema brasileiros e, integrado ao mês da consciência negra, o 3º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo, realizado nos lendários pavilhões que sediaram a Cia. Cinematográfica Vera Cruz, considerada a “Hollywood Brasileira” dos anos dourados de 1950. Na noite de premiação com filmes de grande relevância nacional, o ator Diogo Almeida junto do idealizador Rudy Serrati, anunciaram os vencedores das mostras competitivas e quatro homenagens. O troféu Pérola Negra Ruth de Souza foi entregue a um dos atores homenageados, Antônio Pitanga, que esteve presente na cerimônia de entrega das estatuetas “Terra Bernardo de Ouro” aos cineastas premiados. Além do ator de “Bahia de Todos os Santos” (1960), Nathalia Timberg, Daniel Filho e Lázaro Ramos também receberam homenagens.

O grande destaque entre os longas foi o célebre filme premiado na 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale) “O ÚLTIMO AZUL” (2025), de Gabriel Mascaro, que garantiu quatro importantes premiações neste icônico festival realizado dentro da antiga indústria cinematográfica Vera Cruz: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Rodrigo Santoro), Melhor Atriz (Denise Weinberg)  e Melhor Edição/Montagem. “PAPAGAIOS” (2025) de Douglas Soares, levou três estatuetas: Melhor Filme pelo Júri Popular, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. “KASA BRANCA” (2025), de Luciano Vidigal conquistou duas: Melhor Direção e Melhor Atriz Coadjuvante (Teca Pereira). O filme de estreia “RESTA UM” de Fernando Ceylão também garantiu duas estatuetas Terra Bernardo de Ouro por Melhor Roteiro e Melhor Ator (Caco Ciocler). “GRAVIDADE” de Leo Tabosa ganha o prêmio inédito do festival de Melhor Elenco. Já os filmes “PACTO DA VIOLA” de Guilherme Bacalhao, “CONSEQUÊNCIAS PARALELAS”, de Gabriel França e CD Vallada,  “OGIVA: O MUNDO NÃO É MAIS NOSSO” do são-bernardense Cadu Rosenfeld, levaram uma estatueta cada por Melhor Direção de Fotografia, Melhor Desenho de Som e Melhor Caracterização respectivamente. “OS RUMINANTES” (2025), de Marcelo Mello e Tarsila Araújo, receberam o melhor longa de documentário e “NIMUENDAJÚ” (2025), de Tania Anaya, o melhor longa de animação brasileiros.


“Este ano contamos com a surpreendente participação do filme “O ÚLTIMO AZUL”, que demonstra a relevância e prestígio que o festival conquista a partir desta terceira edição, trazendo entre outros grandes filmes selecionados e premiados, esta obra que de forma inédita, participa de uma mostra competitiva em um festival de cinema brasileiro. Isso é motivo de orgulho e motivação para continuarmos investindo no festival, pois somos um território cultural ímpar em todo o país, na qual se tem este símbolo ainda vivo de terra do cinema, “planalto abençoado” e berço da indústria cinematográfica brasileira – aponta Rudy Serrati, curador e diretor do festival.


Entre os curtas de ficção nacional, “BOIUNA” (2025), de Adriana de Faria, levou a estatueta de Melhor Filme. Destaque também ao filme “SAMBA INFINITO”, de Leonardo Martinelli, que conquistou duas delas, a de Melhor Direção e Melhor Desenho de Som. Já o são-bernardense “Jd. HOLLYWOOD” (2025), de Filipe Travanca e Otávio Vidal, ganhou melhor curta de ficção regional. “VOCÊ ESTÁ NO CAMINHO CERTO” (2025), do cineasta paraense Marcos Corrêa, conquistou o melhor curta de documentário brasileiro, enquanto “SEU MAROTTI: A GLÓRIA DO ALAMEDA” (2024), de Milton Santos Jr., também de São Bernardo, levou o melhor curta de documentário regional. “YBYRÁ A’Ú – ESPÍRITO DA FLORESTA” (SP/2025), de Jonny Cansado, foi escolhida a melhor animação brasileira. O festival também premiou trabalhos de até sete minutos de jovens cineastas.



A terceira edição do festival de cinema de São Bernardo homenageou artistas que marcaram a história da televisão, do teatro, do cinema brasileiro e com relação à memória e ao período de atividades dos Estúdios Vera Cruz. A primeira homenageada foi a atriz Nathalia Timberg (96 anos), que integrou o elenco do TBC de 1959 até 1962 e que enviou um vídeo emocionante de agradecimento pela sua homenagem durante a cerimônia de premiação, juntamente com o artista também homenageado, Daniel Filho (88 anos), um dos principais responsáveis pela implantação e consolidação do modelo de produção de telenovela brasileira desde os anos 50, referência no Cinema Novo e um dos fundadores da Globo Filmes. Ambos artistas foram homenageados juntamente com o ator Antônio Pitanga com o troféu Pérola Negra Ruth de Souza. 

Lázaro Ramos (47 anos), ator multifacetado, referência em representatividade e ativismo social, eleito o artista mais influente do Brasil pela FORBES 2025, foi homenageado pelo festival com outro importante troféu, que curiosamente em 2003, nos atuais galpões da antiga Vera Cruz, foram gravadas cenas de carceragens do filme CARANDIRU com o diretor Hector Babenco em que fez parte. Lázaro, em vídeo também exibido durante a cerimônia de premiação do festival, agradeceu a homenagem e celebrou os legados de Dona Ruth de Souza, na qual lançou recentemente a sua autobiografia à convite da atriz. Lázaro Ramos, portanto, foi reverenciado em conjunto pela sua trajetória e carreira artística com o Troféu MAZZAROPI, uma importante honraria do festival de cinema de São Bernardo do Campo, na qual foi dado na última edição e de forma inédita ao colega ator Matheus Nachtergaele.

“A presença de Antônio Pitanga nesta edição, os consagrados filmes brasileiros e artistas homenageados, emocionou todos os presentes e fortaleceu o propósito e relevância cultural do festival no Brasil, sobretudo, da urgência no olhar para este espaço, tanto para o fortalecimento do setor cultural regional como para o fortalecimento da indústria cinematográfica brasileira.”


Serrati continua o alerta: “Estamos em uma região estratégica e economicamente importante para o país, estamos na periferia da riquíssima capital do Estado de São Paulo, mas mesmo tendo mais de 20 mil metros quadrados herdados pela indústria do cinema brasileiro como patrimônio protegido e que ainda resiste ao tempo, não temos ainda uma única sala de cinema pública na cidade, além é claro da sala temporária construída dentro da antiga Vera Cruz durante a programação do festival. Estou confiante que os artistas, realizadores, distribuidores, gestores públicos e patrocinadores estão notando a importância da preservação da memória, da difusão e da celebração da nossa cultura brasileira a partir do Festival de Cinema de São Bernardo do Campo, que resgata, preserva, celebra e potencializa o cinema brasileiro”, enfatiza o idealizador Rudy Serrati.

O 3º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo aconteceu de 26 e 30 de novembro de 2025. Todos os dias do festival foram marcados pela presença de filmes com nomes conhecidos nas artes cênicas, como Betty Faria, Tuca Andrada, Thiago Justino, Buda Lira, Divina Valéria, Soia Lira entre outros. O evento tem idealização, produção e realização da Cia. Cinematográfica Terra Bernardo com o apoio da Prefeitura de S. Bernardo do Campo.


Filmes Premiados 2025


Mostra “TERRA DO CINEMA” – Longas de Ficção


Melhor Filme – O ÚLTIMO AZUL (AM/2025), de Gabriel Mascaro


Melhor Filme Júri Popular – PAPAGAIOS (RJ/2025), de Douglas Soares


Melhor Roteiro – RESTA UM (RJ/2025), de Fernando Ceylão


Melhor Direção – KASA BRANCA (RJ/2025), de Luciano Vidigal


Melhor Direção de Fotografia – PACTO DA VIOLA (MG/2024), de Guilherme Bacalhao


Melhor Direção de Arte – PAPAGAIOS (RJ/2025)


Melhor Ator – RESTA UM (RJ/2025) – Caco Ciocler


Melhor Ator Coadjuvante – O ÚLTIMO AZUL (AM/2025) – Rodrigo Santoro


Melhor Atriz – O ÚLTIMO AZUL (AM/2025) – Denise Weinberg


Melhor Atriz Coadjuvante – KASA BRANCA (RJ/2025) – Teca Pereira


Melhor Elenco – GRAVIDADE (PE/2025), de Leo Tabosa


Melhor Edição/Montagem – O ÚLTIMO AZUL (AM/2025)


Melhor Desenho de Som – CONSEQUÊNCIAS PARALELAS (SP/2025), de Gabriel França e CD Vallada


Melhor Figurino – PAPAGAIOS (RJ/2025)


Melhor Caracterização – OGIVA: O MUNDO NÃO É MAIS NOSSO (SP/2024), de Cadu Rosenfeld


Melhor Longa de Documentário Brasileiro – OS RUMINANTES (SP/2025), de Marcelo Mello e Tarsila Araújo


Melhor Longa de Animação Brasileiro – NIMUENDAJÚ (MG/2025), de Tania Anaya


Curta-metragem de Ficção Brasileiro


Melhor Filme – BOIUNA (PA/2025), de Adriana de Faria


Melhor Roteiro – BENÇA (PR/2023), de Mano Cappu


Melhor Direção – SAMBA INFINITO (RJ/2025), de Leonardo Martinelli


Melhor Direção de Fotografia – TENTE SUA SORTE (PR/2025), de Guenia Lemos


Melhor Direção de Arte – O MENINO, O RECRUTA E O SARGENTO (SP/2025), de Daniel Chagas Martins


Melhor Ator – PONTO E VÍRGULA (RJ/2024) – Buda Lira; 


Melhor Atriz – COMO CHORAR SEM DERRETER (RJ/2024) – Betty Faria


Melhor Edição/Montagem – ALÉM DA CULPA (DF/2025), de Israel Cordova


Melhor Desenho de Som – SAMBA INFINITO (RJ/2025)


Melhor Figurino – O MENINO, O RECRUTA E O SARGENTO (SP/2025)


Melhor Caracterização – DONA (MG/2025), de Anna Mol


Melhor Curta de Ficção Regional – JD. HOLLYWOOD (São Bernardo do Campo/2025), de Filipe Travanca e Otávio Vidal


Melhor Curta de Documentário Brasileiro – VOCÊ ESTÁ NO CAMINHO CERTO (SP/2025), de Marcos Corrêa


Melhor Curta de Documentário Regional – SEU MAROTTI: A GLÓRIA DO ALAMEDA (São Bernardo do Campo/2024), de Milton Santos Jr.


Melhor Curta de Animação Brasileiro – YBYRÁ A’Ú – ESPÍRITO DA FLORESTA (SP/2025), de Jonny Cansado


Mostra “Terra Bernardo” (filmes de até 07 minutos)


Melhor Curta-metragem de Ficção Brasileiro de até 7 minutos – TORMENTO (SP/2025), de Larissa Braga


Melhor Curta-metragem Documental Brasileiro de até 7 minutos  – ME SINTO EM PAZ PENSANDO NO HOJE (SP/2025), de Paulo Gadioli


Melhor Curta-metragem de Animação Brasileiro de até 7 minutos  – O MENINO QUE ENGOLIU O CHORO (MG/2025), de Joubert Amaral


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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

“Um passo a mais” documenta expedição sustentável ao Everest

Por Graça Paes, RJ

O filme acompanha a jornada de Bernardo Fonseca rumo ao Everest em uma expedição que transforma superação em consciência ambiental. Produção foi selecionada para o Krakow Mountain Festival, na Polônia


Quando se fala em Monte Everest, os números são superlativos. É o ponto mais alto do mundo, com seus 8.848m acima do nível do mar; já foi escalado, segundo dados do Himalayan Database, 12.884 vezes de forma bem-sucedida; 335 pessoas morreram tentando vencer a montanha desde 1953, entre tantos outros recordes e dados de tirar o fôlego. Entre eles, um menos explorado e divulgado: estima-se que no período de um ano, os alpinistas deixem para trás cerca de 100 toneladas de lixo apenas na região da rota da face Sul do Monte Everest. Foram esses números alarmantes que fizeram Bernardo Fonseca e equipe se prepararem para uma expedição sustentável até o topo do planeta, resultando no documentário “Um passo a mais”, disponível na Aquarius a partir de 5 de dezembro. Um dia após sua estreia na plataforma, o filme inicia sua carreira internacional com a participação no Krakow Mountain Festival, que acontece nos dias 6 e 7 de dezembro, na Polônia.


O carioca, de 47 anos, completou sua primeira maratona aos 13. Com 17, o primeiro Iron Man. Mais tarde foi recordista da ultramaratona de 100 km na Antártica encarando -35° C e percorreu 246 km do deserto do Saara a 53° C. Como alpinista escalou o Island Peak (6.129 m), Kilimanjaro (5.895 m), Elbrus (5.681 m), Aconcágua (6.961 m), Huascarán (6.768 m), Quitaraju (6.040 m), Manaslu (8.163 m) e o Everest (8.848 m). Em constante contato e conexão com a natureza, Bernardo buscou entender o impacto gerado pelo esporte e então se relacionar de forma respeitosa com as paisagens que encontra pelo caminho — nos eventos esportivos organizados pela sua empresa, a X3M, qualquer pessoa que faça descarte irregular de lixo sofre uma punição de 5 minutos, por exemplo. Em média, uma corrida gera de 800 kg a 1 tonelada de lixo.


Na produção da Bambalaio Filmes com direção de Rafael Duarte, a jornada começa já na entrada para o monte. O filme retrata diversas ações positivas em andamento para a limpeza e gestão de resíduos, desde as vilas do Vale do Khumbu até os campos altos. Existem depósitos ao longo da trilha até o acampamento base; uma organização que destina o lixo corretamente para reciclagem e estimula o “upcycling”, ou seja, transformam o que foi descartado em peças de arte; bolsinhas de 1kg de resíduos são distribuídas para que as pessoas desçam com elas e descartem corretamente na cidade, entre outras iniciativas.


“A vontade de gravar esse filme nasceu do incômodo. Durante minhas expedições, vi de perto o impacto da presença humana nas montanhas mais remotas do planeta — inclusive no Everest. Escalar de forma sustentável era uma forma de respeito, e registrar tudo, uma forma de mostrar que é possível fazer diferente. Espero que esse documentário provoque reflexão, mas principalmente ação: que inspire as pessoas a enxergarem a natureza como parceira”, explica Bernardo Fonseca.


O protagonista vai subindo e as imagens com a quantidade de resíduos, majoritariamente nos acampamentos, impressiona. Nos mais baixos, o trabalho para retirada é mais fácil, já nos mais altos, o desafio é grande, já que os resíduos devem ser carregados pelas equipes de volta para o acampamento por um trecho perigoso ou, quando possível, removido com ajuda de helicópteros. Foi o caso da equipe do filme, que contratou um vôo para recolher aproximadamente 100 kg de lixo do Campo 2, além do próprio, para colaborar nos esforços de redução de impacto na montanha. Chocolate, café, garrafas térmicas, tanques de oxigênio, de tudo um pouco fica para trás.


O documentário foi gravado na temporada mais letal da história do Everest, com 17 mortes. As autoridades atribuíram os perigos às variações climáticas causadas pelo aquecimento do planeta. Isso torna o filme ainda mais urgente e necessário, é um chamado para a humanidade. Bernardo Fonseca superou o frio e o medo da morte para mostrar que é possível impactar o mínimo possível a natureza e desfrutar dela ao mesmo tempo. Ele se arriscou para escancarar a incoerência que é amar tanto a montanha e não cuidar dela com carinho, dando um “Um passo a mais” para a preservação de uma das paisagens mais imponentes do mundo.


“Um passo a mais" é um documentário que celebra e valoriza as iniciativas que ajudam a proteger os ecossistemas de montanha. Esperamos que este filme mostre que qualquer ação bem-intencionada, por menor que ela seja, tem um valor importante. Queremos mostrar que o resultado destas ações de mínimo impacto ajuda não só a conservação natural destes ambientes em que praticamos nossos esportes, mas também das comunidades que vivem neles”, pontua o diretor Rafael Duarte.


A partir do dia 5 de dezembro, o longa poderá ser visto exclusivamente na Aquarius, que conta com a sua própria plataforma, além de canais no Prime Video e na Claro TV+. O streaming é o primeiro brasileiro dedicado exclusivamente a produtos audiovisuais sobre temas como saúde, bem-estar, meio ambiente, arte, ciência, tecnologia, psicologia e sociedade.


Sinopse

O montanhista Bernardo Fonseca embarca em uma jornada desafiadora rumo ao cume do Monte Everest, com o objetivo de passar para o planeta uma mensagem de conscientização sobre a conservação dos ambientes de montanha, mostrando suas belezas e vulnerabilidades. O filme retrata como ele conheceu ações positivas em andamento para a limpeza e gestão de resíduos, desde as vilas do Vale do Khumbu até os campos altos, e se inspirou com pessoas locais e de fora que estão fazendo a diferença. O filme propõe uma autocrítica em relação à forma de se relacionar com o alpinismo, do ponto de vista da sustentabilidade e do impacto gerado pelo esporte, e propõe ações individuais como “um passo a mais” a ser dado para a proteção destes ambientes naturais.



Ficha Técnica

Com Bernardo Fonseca

Direção e Roteiro: Rafael Duarte

Produção: Bambalaio Filmes

Direção de fotografia: Gabriel Tarso

Câmeras adicionais: Marcos Salamonde, Rafael Duarte e Pedro Landeiro

Imagens Aéreas (Búzios): Arvídeos

Montagem João Pedro Diaz, edt.

Montador assistente: Antonio Farias

Trilha sonora original: Caio Barreto e Marcio Biaso

Motion: Andreas Athanasiou

Edição de som: Melhor do Mundo Studios

Som direto: Alexandre Griva

Administração: Sagre Consultoria

Tradução, legendas e acessibilidade: Dispositiva

Contabilidade: ACT Consultoria

Personagens por ordem de aparição:

Bernardo Fonseca

Maurício Leal

Simão Filippe

Arnold Coster

Kapindra Rai

Pasang Sherpa

Tommy Gustafsson

Henrique Franke

Pasang Sherpa

Aretha Duarte

Bruno Negreiros



Sobre Bernardo Fonseca

Bernardo Fonseca, carioca de 47 anos, pai da Maria Eduarda, do João Paulo e da Nina, foi o 34º brasileiro a escalar o Monte Everest, o ponto mais alto do planeta, com 8.848 metros de altitude. Representando o Brasil nos cenários mais extremos do mundo, venceu duas provas na Antártida: foi campeão da maratona de 42 km e também dos 100 km, com recorde da prova, enfrentando ventos catabáticos e temperaturas abaixo de 30 graus negativos. Encarou o deserto do Saara na icônica Marathon des Sables, completando 250 km em 3 dias sob calor escaldante — ambos os desafios foram registrados em episódios do programa Planeta Extremo, exibido na Rede Globo, que alcançou recordes de audiência na televisão brasileira. Já escalou as montanhas mais altas de diversos continentes.



Sobre Rafael Duarte

Documentarista, jornalista e fotógrafo premiado no cinema e na fotografia, Rafael Duarte é mestre em "Cinema e Audiovisual" pela Sorbonne, em Paris, e dirigiu 15 documentários entre longas, médias e curtas-metragens. Sua obra reflete sobre a conexão entre o ser humano e a natureza e procura imergir na biografia dos personagens em busca de ângulos particulares sobre suas visões de mundo. É o fundador da Bambalaio, uma das produtoras audiovisuais mais premiadas do Brasil no segmento de filmes outdoor. É também autor de seis livros, um deles finalista do Prêmio Jabuti de Literatura. Colaborou com veículos nacionais e internacionais como a National Geographic, O Globo, VICE e Revista Go Outside. Como fotógrafo, expôs em galerias e museus do Brasil, França, Espanha e Inglaterra em exposições individuais e coletivas.



Sobre Aquarius

Criada em 2023, a Aquarius é uma plataforma de streaming dedicada exclusivamente a filmes, séries, documentários, palestras e entrevistas sobre saúde, bem-estar, yoga, meditação, espiritualidade, literatura, sustentabilidade, meio-ambiente, cultura, arte, ciência, tecnologia, psicologia e sociedade. Idealizado pelo renomado executivo de cinema Bruno Wainer, fundador da Downtown Filmes – responsável por distribuir e coproduzir 177 filmes brasileiros com 166 milhões de ingressos vendidos e faturamento superior a R$1.9 bi apenas nos cinemas. A qualidade operacional e a excelência de conteúdo são prioridades da plataforma, que traz Gabriel Wainer no cargo de diretor-executivo, e conta com um minucioso trabalho de curadoria assinado pelo jornalista, pesquisador e dramaturgo Luiz Felipe Reis. Já os projetos originais estão a cargo da também jornalista Catharina Wrede.



Mais informações sobre a plataforma:

Site: www.vivaemaquarius.com.br

Blog: https://vivaemaquarius.com.br/blog/5-motivos-para-voce-assinar-a-aquarius/

Instagram: https://www.instagram.com/vivaemaquarius

Facebook: https://www.facebook.com/vivaemaquarius

Linkedin: https://www.linkedin.com/company/vivaemaquarius/



Filme com Ingrid Guimarães e Larissa Manoela é a atração do Luz na Tela de novembro do Museu da Língua do Portuguesa

Por Graça Paes, RJ

Sessão de Fala sério, mãe! vai acontecer no dia 27 na Ocupação Mauá, vizinha do Museu, com entrada gratuita e distribuição de pipoca e refrigerante

Fala Sério, Mãe!, filme protagonizado por Ingrid Guimarães e Larissa Manoela, é a atração de novembro do Luz na Tela, o projeto de cinema ao livre do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A sessão vai acontecer no dia 27 de novembro (quinta-feira), à 19h, na Ocupação Mauá, vizinha do Museu, com entrada gratuita e distribuição de pipoca e refrigerante.

Baseado no livro Fala sério, mãe!, escrito por Thalita Rebouças, o longa-metragem mostra a relação de Ângela Cristina (papel de Ingrid Guimarães) com a sua filha Maria de Lourdes (interpretada por Larissa Manoela), desde o nascimento até a adolescência. Dirigido por Pedro Vasconcellos, o filme lançado em 2017 aborda temas como amadurecimento, diferenças geracionais e os vínculos afetivos familiares.


Antes, o público poderá assistir ao curta-metragem Passa a Bola (2025), dirigido por Guilherme Herrera Falchi, que acompanha duas irmãs que precisam se unir para disputar uma partida de futebol de rua, num confronto em que rivalidade, gênero e parceria entram em jogo. A produção foi exibida no Festival Internacional de Curtas de São Paulo Kinoforum.


A edição de novembro do Luz na Tela é realizada em parceria e com a curadoria da Levante_Plataforma de Ideias, que costurou a presença dos coletivos Ocupação Mauá e Cinefluxo na programação e fortalece o diálogo entre cultura, território e memória na região da Luz.


SERVIÇO

Fala Sério, Mãe! e Passa a Bola – Luz na Tela – Museu da Língua Portuguesa

Dia 27 de novembro (quinta-feira), às 19h

Grátis (com distribuição de pipoca e refrigerante)

Na Ocupação Mauá (r. Mauá, 340 – vizinha do Museu)



SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.



PATROCÍNIOS E PARCERIAS

A Temporada 2025 do Museu da Língua Portuguesa conta com patrocínio máster da Petrobras e da Motiva; patrocínio da Vale; apoio do Instituto Ultra, do Itaú Unibanco, e da CAIXA. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Unipar, Machado Meyer, Porto, Alcaçuz, e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. O Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e do Ministério da Cultura – Lei Rouanet.  



terça-feira, 18 de novembro de 2025

Festival de Cinema de São Bernardo anuncia filmes selecionados de sua 3ª edição

Por Graça Paes, RJ


O evento que acontece de 26 a 30 de novembro recebeu número recorde de 1.752 inscrições de curtas e longas de todo o país - lista completa inclui 90 títulos

Cena de O Último Azul, de Gabriel Mascaro, com Rodrigo Santoro - crédito: Vitrine Filmes


O 3º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo, que acontecerá de 26 a 30 de novembro de 2025 na cidade do Grande ABC Paulista, divulgou a lista de longas e curtas nacionais selecionados. A exibição acontecerá nos Estúdios e Pavilhões da cidade (Av. Lucas Nogueira Garcês, 856), historicamente conhecidos por sediar os estúdios da Vera Cruz. Realização da Cia. Cinematográfica Terra Bernardo, com apoio cultural da Prefeitura de São Bernardo do Campo, o festival traz uma filmografia diversa e inclusiva, contando com títulos inéditos e filmes amplamente premiados nos principais festivais de cinema do Brasil e do mundo, além de filmes regionais e de jovens cineastas.


A lista completa de filmes está disponível no site oficial.


A mostra recebeu este ano, o número recorde de 1.752 inscrições de curtas e longas-metragens de todas as regiões do país, superando as edições anteriores e reafirmando seu prestígio nacional. A curadoria escolheu 21 longas - onze de ficção, seis documentários e quatro animações. Já os 69 curtas estão divididos entre onze categorias de premiação. Os filmes participam das mostras competitivas "Terra do Cinema" (72 filmes) e “Terra Bernardo” (18 filmes). A primeira inclui ainda um espaço dedicado a produções do Grande ABC, enquanto a última é exclusivamente dedicada a jovens realizadores com curtas de até sete minutos.


O evento sob a curadoria e direção do artista natural da cidade, Rudy Serrati, volta a reunir grandes nomes do cinema nacional e resgata a tradição de São Bernardo como berço da indústria cinematográfica brasileira. A terceira edição do festival reforça o seu compromisso com a difusão e valorização do cinema brasileiro ao ser realizada pela segunda vez neste simbólico e histórico complexo da lendária Cia. Cinematográfica Vera Cruz, reconhecida como a “Hollywood Brasileira” dos anos dourados de 1950. 


O festival tradicionalmente é realizado no mês de novembro e integra o calendário nacional de apoio ao mês da consciência negra. Entre suas contribuições, o festival faz reverência e homenagem permanente à uma das pioneiras e mais importantes atrizes brasileiras, que fez parte do elenco fixo da Cia. Vera Cruz: Dona Ruth de Souza. O festival celebra o seu legado com o troféu Pérola Negra Ruth de Souza, peça que é concedida aos homenageados à cada edição, como os artistas centenários já homenageados: Léa Garcia, Eliane Lage, Elizabeth Hartmann, Wilma Pereira Rodriguês e Tony Tornado.


O festival conta ainda com depoimentos em sua rede social de grandes artistas que apoiam a iniciativa e que enfatizam a importância da manutenção deste festival para a cidade, bem como da urgência na preservação e difusão desta memória cultural brasileira. Entre os artistas apoiadores estão: Elizabeth Savala, Nívea Maria, Ayomi Domênica, Samuel de Assis, Edmilson Filho, Larissa Manoela, André Luiz Frambach, Rainer Cadete, Luís Miranda, Barbara Bruno, Miguel Rômulo, entre outros, além de grandes nomes do cinema nacional que já passaram pelo festival, como Matheus Nachtergaele, que se tornou um padrinho e embaixador do festival ao ser homenageado na 2ª edição com o inédito Troféu Amácio Mazzaropi.


Uma sala de cinema temporária está em construção para receber a atração. Desde a sua proteção pelo COMPAHC-SBC em 1987, os estúdios ganharam um novo significado para a cultura da região do Grande ABC através da celebração do Festival de Cinema de São Bernardo do Campo neste espaço que ainda resiste ao tempo.


O festival tem ingressos gratuitos mediante doação facultativa de dois quilos de alimentos não perecíveis que serão destinados ao Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo. A programação completa com os dias e horários das exibições dos filmes, bem como garantir seus ingressos gratuitos serão divulgados em breve.


 


Filmes Selecionados


Mostra Competitiva "Terra do Cinema"


Longa-metragem de Ficção Brasileiro:


"CIC - Central de Inteligência Cearense" (CE/2025), de Halder Gomes


"Consequências Paralelas" (SP/2025), de Gabriel França e CD Vallada


"Enquanto o Céu Não Espera" (AM /2024), de Christiane Garcia


"Gravidade" (CE/2025), de Leo Tabosa 


"Kasa Branca" (RJ/2025), de Luciano Vidigal


"O Último Azul" (AM/2025), de Gabriel Mascaro


"Ogiva: O Mundo Não é Mais Nosso" (SP/2024), de Cadu Rosenfeld


"Pacto da Viola" (MG/2024), de Guilherme Bacalhao


"Papagaios" (RJ/2025), de Douglas Soares


"Resta Um" (RJ/2025), de Fernando Ceylão


"Senhoritas" (PE/2024), de Mykaela Plotkin


 


Longa-metragem de Documentário Brasileiro:


"Aqui Não Entra Luz" (BA/MA/MG/RJ/SP-2025), de Karol Maia 


"Mambembe" (PE/2024), de Fabio Meira


"Não Sei Viver Sem Palavras" (SP/2025), de André Brandão 


"Os Ruminantes" (SP/2025), de Marcelo Mello e Tarsila Araújo


"Punks do ABC" (SP/2025), de Jairo dos Santos Costa


"Uma em Mil" (RS/2024), de Jonatas Rubert e Tiago Rubert


 


Longa-metragem de Animação Brasileiro:


"Abah e sua Banda" (RJ/2024), de Humberto Avelar


"Juvenal e o Dragão" (PB/2023), de Natali Costa Moura Braga 


"Nimuendajú" (MG/2025), de Tania Anaya 


"Revoada - Versão Steampunk" (BA/2025), de Ducca Rios


 


A lista de curtas está disponível no site oficial.


 


Veja como foi o sucesso da segunda edição:


2º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo


Veja como foi a primeira edição histórica:

1º Festival de Cinema de São Bernardo do Campo


SERVIÇO:

3º FESTIVAL DE CINEMA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

De 26 a 30 de Novembro de 2025

"A Terra do Cinema Brasileiro: onde o passado e o presente se conectam."

Local: Estúdios e Pavilhões de São Bernardo do Campo (Av. Lucas Nogueira Garcês, 856 - Jardim do Mar - S.B. do Campo/SP)

Ingresso: Gratuito mediante doação facultativa de 2kg de alimentos não perecíveis destinados ao Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo

Idealização, Produção e Realização: Cia. Cinematográfica Terra Bernardo

Apoio Cultural: Prefeitura de São Bernardo do Campo

Instagram: @festivaldecinemadesaobernardo

Website: terrabernardo.com.br/festival

Youtube: @festivaldecinemadesaobernardo



terça-feira, 4 de novembro de 2025

Pré-estreia de “O Agente Secreto”, no Kinoplex Shopping Leblon, no Rio de Janeiro

Por Graça Paes, RJ

Na noite de 30 de outubro foi realizado o lançamento do filme Agente Secreto, no inoplex, do Shopping Leblon, no RJ. O evento contou com a presença do elenco e de convidados.

Entre os presentes estiveram Antonio Pitanga, Thaissa Carvalho, Luisa Arraes, Alanis Gullen, Marcelo Serrado, Giovanna Lancellotti, Aline Borges, Regina Case e Benedita e Renato Goes, dentre outros.


Também estavam presentes, o diretor Kleber Mendonça Filho, a produtora Emilie Lesclaux e os atores Gabriel Leone, Alice Carvalho, Tânia Maria, Roney Vilela, Carlos Francisco, Laura Lufési, Robério Diógenes e Suzy Lopes. 


Dirigido por Kleber Mendonça Filho, é o representante do Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026.


Estrelado por Wagner Moura, traz no elenco com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Robério Diógenes, Thomas Aquino, João Vitir Silva, Tânia Maria e grande elenco.


O  filme foi o mais premiado no último Festival de Cannes, vencendo os prêmios oficiais de Melhor Direção e Melhor Ator, além do Prêmio da Crítica (FIPRESCI) e o Art et Essai, concedido pela associação francesa de exibidores AFCAE.

O lançamento nacional nos cinemas brasileiros acontece em 6 de novembro.


Fotos Rogerio Fidalgo



 


 


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Crítica da série "Os Donos do Jogo" da Netflix

Por Graça Paes, RJ

Criada por Heitor Dhalia, Bernardo Barcellos e Bruno Passeri, a produção mostra desde o primeiro episódio que veio para impactar.

A série "Os Donos do Jogo" acompanha quatro famílias rivais na disputa do controle do jogo do bicho e de outros jogos no Rio de Janeiro. A trama traz elementos dos jogos de azar da capital fluminense e se baseia na realidade da situação para construir a narrativa.

Na produção, o jovem Profeta (André Lamoglia), que faz parte de uma família de bicheiros em Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, e se muda para a para a capital fluminense visando expandir os negócios. Com isso, Profeta se infiltra nos núcleos que controlam os jogos de azar na cidade, que descobre estarem organizados como uma máfia, se deparando com a família Guerra, uma das mais tradicionais no jogo do bicho no Rio.

Búfalo (Xamã) é o cabeça dos negócios da família Guerra, após se casar com a herdeira Suzana (Giullia Buscaccio), que além de entrar na briga para se manter no controle do clã, também é desafiado pela irmã da esposa, Mirna (Mel Maia).

A partir deste cenário, trata da ilegalidade dos jogos de azar, o interesse de um grupo criminoso e a rápida ascensão de um novo aspirante ao "trono do crime" são os motores principais da história.

O roteiro, assinado por Bernardo Barcellos, Mariana Torres, Luciana Pessanha, Rafael Spínola e Rosana Rodini, é simplesmente brilhante. As tramas se entrelaçam com naturalidade, misturando intrigas familiares, disputas de poder, violência e sedução em um enredo denso e envolvente.

No centro da narrativa está o jovem “Profeta”, vivido por André Lamoglia, que sai do interior do Rio de Janeiro para mergulhar no universo implacável da contravenção e das apostas. O caminho é permeado por alianças frágeis, traições e segredos de família, formando um retrato fascinante e perigoso, impossível sair de frente da tela até o último episódio.

O elenco é um dos grandes trunfos da série. Alem da brilhante atuação de André Lamoglia, temos Mel Maia, Juliana Paes, Xamã, Giullia Buscacio, Chico Díaz, Otávio Muller,  Ruan Aguiar, Pedro Lamin, Igor Fernandez, Agatha Marinho, Adriano Garib e outros medalhões brasileiros que entregam atuações intensas, marcadas por uma carga emocional poderosa e uma tensão constante que te deixa hipnotizado.

Outro destaque é o cenário carioca, explorado em toda sua complexidade, entre o luxo e a marginalidade, o poder e a vulnerabilidade. 

A direção conduz o ritmo com maestria, mantendo o espectador em permanente alerta: os conflitos se entrelaçam, as surpresas surgem em momentos inesperados e o suspense nunca se dissolve completamente.

A série tem drama, romance, ação, suspense, carnaval, crise familiar e a disputa pelo poder. Como diz o ditado:  "O poder é o espelho onde a verdadeira face humana aparece."

Os Donos do Jogo é uma aposta certeira da Netflix. Uma série bem escrita, bem interpretada e visualmente arrebatadora, que convida à imersão total. 

Se o que você procura é uma produção nacional intensa e ousada esta é uma jogada que vale cada minuto.

Se prepare, pois será difícil apertar o “pause” antes dos créditos finais.

A Agência Zapp News já assistiu, nossa nota é DEZ, e já queremos a segunda temporada.



sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Première de ''Os Donos do Jogo'' termina em roda de samba e elenco reunido para celebrar nova série da Netflix

Por Graça Paes, RJ

Jockey Club Brasileiro se torna palco de exibição do primeiro episódio da produção nacional que mergulha no universo do jogo do bicho 


No ritmo do samba e no mais autêntico clima carioca, o Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ), foi palco da première de Os Donos do Jogo, série que inaugura o universo das produções de máfia na Netflix Brasil. Na noite de quinta-feira, 23 de outubro, o elenco principal, André Lamoglia (Profeta), Chico Diaz (Galego), Giullia Buscaccio (Suzana), Juliana Paes (Leila), Mel Maia (Mirna), Xamã (Búfalo), e outras grandes estrelas como Bruno Mazzeo, Henrique Barreira, Otávio Muller, Pedro Lamin e Ruan Aguiar celebraram o lançamento ao lado de convidados, imprensa e influenciadores.


A lista de presenças não parou por aí: nomes como Antônio Pitanga, Cris Vianna, Dudu Azevedo, Isabella Santoni, Marcelo Serrado, Marcelo Vieira, Naldo Benny, Neguinho da Beija-Flor e Johnny Massaro também prestigiaram o evento. O clima era de festa e emoção para todos. Juliana Paes abriu a noite com entusiasmo celebrando seu segundo trabalho com a Netflix: “Esta é uma série muito carioca, de máfia brasileira e que tem muito molho e malemolência”. André Lamoglia, protagonista da série, destaca a importância desse momento: “Sempre quis trabalhar com o Heitor, então participar dessa série ao lado dele, desse time e de um elenco tão talentoso foi uma realização pessoal e profissional imensa”, contou.

Após a exibição do primeiro episódio, o público foi surpreendido por uma apresentação especial: o cantor e ator Xamã convidou Ana Frango Elétrico e Victor Xamã para uma performance, inédita e ao vivo, de Federais, música que encerra o primeiro episódio da série. E, como não poderia faltar no Rio, a noite continuou com uma animada roda de samba comandada por Arlindinho Cruz, que embalou os presentes com clássicos como O Show Tem que Continuar, Trem das Onze e uma versão de samba de Leão, cantada por Xamã. 


O evento ainda contou com canjas especiais de Marvvila e Naldo Benny, mostrando que elenco e convidados têm samba no pé até o final da noite. 


Produzida pela Paranoïd, Os Donos do Jogo inaugura o universo das produções de máfia na Netflix Brasil, trazendo para a tela um “carioquês” autêntico. A série é uma criação de Heitor Dhalia (DNA do Crime), Bernardo Barcellos, que também assina o roteiro da produção, e Bruno Passeri. A direção fica por conta de Heitor Dhalia, Rafael Miranda Fejes e Matias Mariani. 

Os Donos do Jogo estreia em 29 de outubro, só na Netflix.


Netflix

A Netflix é um dos principais serviços de entretenimento do mundo. São mais de 300 milhões de assinaturas pagas em mais de 190 países com acesso a séries, filmes e jogos de diversos gêneros e idiomas. Assinantes podem assistir, pausar e voltar a assistir a um título quantas vezes quiserem em qualquer lugar e alterar o plano a qualquer momento.




quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Crítica do filme: , “O Telefone Preto 2”

Por Graça Paes, RJ

Com direção de Scott Derrickson, roteiro de Scott Derrickson e C. Robert Cargill, produção de Jason Blum, Scott Derrickson e C. Robert Cargill, com personagens personagens criados por Joe Hill (personagens originais do primeiro filme), com 114 minutos de duração, “O Telefone Preto 2”, estreia nos cinemas dia 16 de outubro. 

Quatro anos após os eventos do primeiro filme, “O Telefone Preto 2” nos transporta para 1982 e reencontra Finney Blake, agora adolescente, ainda às voltas com os traumas do sequestro que o marcou profundamente. Sua irmã, Gwen, passa a ter visões e ligações sobrenaturais que envolvem o desaparecimento de crianças em um acampamento de inverno, o Alpine Lake, conectando passado e presente em um fio tênue entre o real e o espectral.

A continuação aposta em uma fusão entre o horror de acampamento, com ecos de “Sexta Feira 13”, e uma atmosfera onírica marcada por invernos densos e sonhos perturbadores. A estética de filme caseiro em 8mm e a ambientação gelada conferem ao longa uma textura visual distinta, afastando-o do confinamento opressivo do primeiro título.

Se no original o terror era direto, claustrofóbico e quase palpável, neste segundo filme, ele ganha contornos mais psicológicos e surreais. O “Grabber”, vilão eternizado por Ethan Hawke, surge agora sob uma forma mais etérea, mas ainda impregnada de presença e inquietação. Hawke mantém o peso e a aura do antagonista, mesmo quando o roteiro opta por transformá-lo em figura quase simbólica.

O foco da narrativa se desloca para o trauma pós-evento, explorando as cicatrizes emocionais, o amadurecimento e a tênue fronteira entre o vivido e o imaginado. É um filme que tenta ir além dos sustos fáceis, ainda que, ao abrir seu escopo para espaços amplos e sequências oníricas, perca parte da tensão concentrada que fez do original um destaque do gênero.

Ambicioso e visualmente marcante, “O Telefone Preto 2” busca reinventar sua mitologia com mais profundidade e abstração. Em muitos momentos, acerta ao criar imagens poderosas e atmosferas hipnóticas; em outros, o excesso de complexidade dilui o impacto narrativo e enfraquece alguns personagens.

Como sequência, é um risco calculado: ousa expandir o universo do terror de confinamento para um terreno mais psicológico e metafísico. Para quem se deixou envolver pelo primeiro filme e está aberto a uma leitura mais sombria e introspectiva, a experiência vale o ingresso. Já os que preferem o horror direto, sem camadas adicionais de simbolismo, podem sair menos convencidos.

A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.