Por Graça Paes, RJ
De 6 a 16 de outubro, o público vai conferir a mais relevante e diversa seleção de filmes nacionais e internacionais no Festival do Rio, com quase 200 títulos.
É a oportunidade de ver os filmes mais esperados, comentados, raridades, os estrangeiros exibidos nos principais festivais ao redor do mundo, além dos brasileiros que concorrem ao Troféu Redentor.
Tem sessões especiais, homenagens, música e uma seleção de histórias que refletem os nossos tempos. E para falar das novas tendências, os mais importantes profissionais do audiovisual se reúnem no RioMarket.
Tem Festival do Rio espalhado por toda a cidade, desde as sessões de pré-estreia no Boulevard Olímpico já neste fim de semana (estreia hoje!) a exibições no Circuito Estação NET de Cinema, no Kinoplex São Luiz, e o retorno ao clássico e essencial Odeon -- Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, na Cinelândia. Além disso, o público ganha de volta um dos favoritos de edições passadas: o cinema ao ar livre na Praia de Copacabana.
A Première Brasil ganha duas novas categorias do Troféu Redentor: Direção de Arte na competição oficial e Melhor Direção na mostra Novos Rumos. Haverá homenagens aos 60 anos de dois grandes marcos do cinema brasileiro: O Pagador de Promessas (de Anselmo Duarte) e Assalto ao trem pagador (de Roberto Farias). Além de uma homenagem especial para o diretor Breno Silveira, durante a exibição de “Dois Filhos de Francisco” ao ar livre na Praia de Copacabana.
A seleção internacional traz filmes de diretores consagrados como Amos Gitai (Uma Noite em Haifa/A Night in Haifa), Frederick Wiseman (Um Casal: Sophia e Tolstói/A Couple), Abel Ferrara (Padre Pio), Hong Sang Soo (Walk Up), Gianni Amelio (O Senhor das Formigas /Lord of the Ants), François Ozon (Peter von Kant/Peter von Kant), Lav Diaz (Quando não há mais ondas/When The Waves Are Gone) e Paul Schrader (O Contador de Cartas/The Card Counter).
Os aguardados Close (Close), de Lukas Dhont; Noites de Paris (The Passengers of the Night) de Mikhaël Hers, com Charlotte Gainsbourg; o nominado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro Argentina, 1985 (Argentina, 1985), de Santiago Mitre, com Ricardo Darín e Peter Lanzani; Sra. Harris vai a Paris (Mrs. Harris Goes to Paris) de Anthony Fabian com Isabelle Huppert; Halloween Ends (Halloween Ends) de David Gordon Green; Call Jane (Call Jane) de Phyllis Nagy; Mali Twist (Mali Twist) de Robert Guédiguian; Daliland: A vida de Salvador Dali (Daliland) da cultuada diretora de American Psycho Mary Harron ; e - acalmem as fãs - My Policeman (My Policeman), de Michael Grandage, com Harry Styles.
Os premiados Broker, de Hirokazu Kore-eda (Melhor Ator para Song Kang-ho no Festival de Cannes 2022); Nanny (Nanny) de Nikyatu Jusu (Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2022); Holy Spider (Holy Spider) de Ali Abbasi, com Zar Amir-Ebrahimi (Prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022); EO (EO) de Jerzy Skolimowski (Prêmio do Júri de Cannes 2022), com Sandra Drzymalska, Isabelle Huppert; Decisão de Partir (Decision to leave) de Park Chan-wook (Melhor Direção no Festival de Cannes 2022); e Revelando Muybridge (Exposing Muybridge) de Marc Shaffer (Melhor Roteiro documental do Writers Guild of America 2022). Ainda se destacam o longa Raymond & Ray (Raymond & Ray) de Rodrigo Garcia que foi exibido em Toronto e um retrato impressionante em Notre-Dame em Chamas (Notre-Dame on Fire) de Jean Jacques Annaud.
O Festival do Rio está uma festa para os amantes do terror, com uma seleção que mescla clássicos com filmes super aguardados: Piggy (Piggy), de Carlota Pereda; O Menu (The Menu) de Mark Mylod com Ralph Fiennes; Halloween Ends (Halloween Ends), de David Gordon Green; Oldboy (Oldboy), de Park Chan-Wook; Grito de Horror (The Howling), de Joe Dante.
Já para alegrar a todos duas exibições especiais de clássicos da emoção: Priscilla, a Rainha do Deserto (The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert) de Stephan Elliott e E.T.: O extraterrestre (E.T.: The Extra-Terrestrial) de Steven Spielberg.
A música tem destaque no Festival do Rio, tanto na seleção nacional quanto na internacional, com Cesária Évora (Cesária Évora), de Ana Sofia Fonseca; Hallelujah: Leonard Cohen, A Journey, A Song (Hallelujah: Leonard Cohen, A Journey, A Song), de Daniel Geller e Dayna Goldfine. Entre os perfis transformados em filmes, destaque para Jane Campion, A Mulher do Cinema (Jane Campion, The Cinema Woman) de Julie Bertuccelli e Amando Patricia Highsmith (Loving Highsmith) de Eva Vitija.
SOBRE O FESTIVAL DO RIO
O Festival do Rio é o grande encontro do cinema da América Latina. Desde sua criação, em 1999, já foram exibidos 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.
O Festival do Rio tem apresentação e patrocínio master da Shell Brasil - Lei Federal de Incentivo à Cultura - e da Prefeitura do Rio de Janeiro - por meio da RioFilme, órgão que integra a SEGOVI (Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública). Também conta com o apoio da FUNARJ e apoio institucional da FIRJAN. O Festival do Rio é uma realização da Cinema do Rio.