Por Graça Paes, RJ
Com direção de Juan Ignacio Sabatini que também assina o roteiro com Enrique Videla, o longa conta no elenco com Daniela Ramirez, Cristián Carvajal, Juan Martín Gravina, entre outros. O longa estreia dia 16 de fevereiro nos cinemas.
O filme ‘Morte a Pinochet’ conta a história do atentado contra Augusto Pinochet, o ditador que governou o Chile de 1973 a 1990. Esta tentativa de assassinato foi arquitetada por integrantes da Frente Patriótica Manuel Rodríguez.
O longa é ambientado em setembro de 1986, período em que um grupo de jovens tinha nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com a ditadura de Pinochet matando-o. Enquanto o Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo.
No grupo: Ramiro, um ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada, esquecendo-se das relações pessoais; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política, e Tamara, uma psicóloga atraente que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica: todos eles com um objetivo comum, matar Pinochet.
Tamara era a mulher que poderia ter mudado a história de um país inteiro, já que estava à frente desse grupo de guerrilheiros, mas a espionagem e a traição a deixaram a um passo da revolução. Eles participaram do acontecimento que se tornou uma lenda, não pelo ocorrido, mas pelo fato de terem tido a audácia de por em prática.
O filme “Morte a Pinochet” recria os bastidores dos atos praticados pela Frente Patriótica Manuel Rodríguez.
O estreante Juan Ignacio Sabatini, que tem uma extensa carreira em documentários e séries de TV, entrega um bom trabalho, como diretor e roteirista, numa trama cercada de subtramas que mistura drama e suspense. Mas, ele também poderia ter sido um pouco mais audacioso.
Vale destacar que a escolha da narrativa não-linear, intercalando momentos da vida clandestina dos guerrilheiros urbanos com suas vidas pessoais e as várias nuances de flashback, nos remete a reflexão do quanto os guerrilheiros se emprenharam por esta causa que para o todo pareceria ser impossível, e de como este fato alterou o rumo de suas vidas.
A obra é ficcional.
A Agência Zapp News já assistiu e nossa nota é 8.5
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