A história retrata a luta contra a homofobia
Por Graça Paes, RJ
O filme 'Pílula Cura Gay', que em breve estará disponível na web, aborda a homofobia, um assunto polêmico e que está em grande discussão no momento. O curta-metragem busca retratar de maneira leve e descontraída os problemas que os homossexuais enfrentam para serem respeitados pela sociedade.
De acordo com o diretor Moysés Faria, a ideia de levar esse tema para as telas do cinema surgiu em decorrência dos recentes acontecimentos na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados quando aprovou um projeto capaz de permitir aos psicólogos oferecer tratamento para a homossexualidade. A aprovação da proposta levantou uma indignação dos psicólogos, já que eles afirmam não haver rigor científico em um método para alterar a orientação sexual.
Na trama, o ator Carlos Braga deu vida a uma travesti, a Marilú Fontana, que luta pelos direitos garantidos pela constituição brasileira a todos os indivíduos, independente de cor, raça ou opção sexual. No decorrer do filme, Marilú organiza uma manifestação contra a atitude do deputado Geraldo Torres, interpretado pelo ator Lino Corrêa, que usa a imprensa para dizer que ser homossexual é uma doença. A película faz um contraponto de que a tese do personagem de Geraldo é errada. Partindo desses princípios levantados pela obra, surgiu o nome do filme.
Carlos Braga e Lino Corrêa
Assista o trailer:
O projeto é produzido pela SBAC-TV com direção geral de Moysés Faria, um profissional renomado e que pretende realizar outros filmes que abordem temas importantes para a sociedade. O objetivo é promover na paletia uma análise crítica a respeito dos temas propostos.
Para o diretor, a abordagem do filme vem em um momento oportuno, pois apesar de tantos anos de luta contra todos os tipos de preconceitos ainda há uma sociedade que esquece do direito da liberdade humana. “Grande parte dos homossexuais sofrem com a sociedade hipócrita e homofóbica. Na rua são tratados como seres de outro planeta, são apedrejados e mortos. Em suas casas são perseguidos e humilhados pelos próprios familiares e tem os seus direitos constitucionais violados”, disse Moysés Faria, acrescentando que os homossexuais são tratados “como se fosse uma doença que precisa ser extirpada da terra".
O diretor enfatiza que o filme não julga os parlamentares que defendem a homossexualidade como uma espécie de doença, mas é uma crítica as atitudes preconceituosas da sociedade em geral. “Queremos proporcionar a sociedade a oportunidade de refletir sobre a maneira de pensar e de agir a fim de que possamos rever as nossas práticas com os nossos semelhantes”, finalizou Moysés Faria.
Informações no e-mail: sbacproducoes@gmail.com ou no telefone (21) 7979.8879.